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Tipo do documento: Dissertação
Título: Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde
Autor: Suyama, Eduardo Henrique Tadashi 
Primeiro orientador: Cabrera, Eliana Márcia Sotello
Primeiro coorientador: Lourenção, Luciano Garcia
Primeiro membro da banca: Nascimento, Vagner Ferreira do
Segundo membro da banca: Miyazaki, Maria Cristina Oliveira Santos
Resumo: Os agentes comunitários de saúde (ACS) são alvo de grande expectativa da comunidade e demais profissionais da equipe da Estratégia Saúde da Família, podendo vivenciar situações de estresse intenso. Além disso, exercem suas atividades em condições de riscos ocupacionais, como o contato com poeira, a exposição à umidade e à radiação solar, exposição a patógenos, à violência urbana e à sobrecarga de trabalho, que podem causar adoecimento físico e mental. Objetivos: Avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde. Métodos: Estudo transversal e descritivo, realizado em 2017, com agentes comunitários de saúde de um município de pequeno porte do interior do estado de São Paulo. Foram utilizados três instrumentos autoaplicáveis: um elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas; a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Resultados: Participaram 44 agentes comunitários de saúde, sendo 31 (70,5%) do sexo feminino, 21 (47,7%) com 40 anos ou mais, 18 (40,9%) com ensino médio, 22 (50,0%) solteiros, 33 (75,0%) com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, 35 (79,5%) não exerciam outra atividade remunerada, 37 (84,1%) dormiam de seis a oito horas diárias e 22 (50,0%) tinham de três a 10 anos de atuação na atenção primária à saúde. Vinte e um (47,7%) ACS apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Os fatores considerados estressores foram: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3; ±1,1); deficiência nos treinamentos para capacitação profissional (3,4; ±1,6); pouca valorização por superiores (3,2; ±1,4); poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2; ±1,6); discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1; ±1,5); falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0; ±1,5); tipo de controle existente (2,9; ±1,1); forma como as tarefas são distribuídas (2,8; ±1,4); realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8; ±1,2); falta de autonomia na execução do trabalho (2,7; ±1,3); receber ordens contraditórias do superior (2,7; ±1,4); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7; ±1,3); falta de informações sobre as tarefas no trabalho (2,6; ±1,2). As regiões do corpo que os ACS referiram dor osteomuscular foram região lombar, pescoço, ombros, punhos/mãos/dedos e joelhos, tornozelos e pés. Conclusões: Os resultados mostraram que o estresse ocupacional e os sintomas osteomusculares são importantes problemas na prática laboral dos ACS, evidenciando que as organizações precisam entender a saúde como um valor estratégico e incrementar os recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho dos ACS, direcionando ações de promoção e proteção da saúde destes trabalhadores, como reorganização do processo de trabalho, técnicas de escuta e gestão do estresse, e momentos de reflexões e apoio aos trabalhadores, buscando reduzir sofrimentos e danos que possam comprometer a saúde física e emocional destes profissionais.
Abstract: Community health agents (CHA) are target of great expectations from the community and other professionals from the Family Health Strategy team, being able to experience situations of intense stress. In addition, they carry out their activities in conditions of occupational risks, such as contact with dust, exposure to humidity and solar radiation, exposure to pathogens, urban violence and work overload, which can cause physical and mental illness. Objectives: To evaluate the presence of occupational stress and musculoskeletal symptoms in community health workers. Methods: Cross-sectional and descriptive study, carried out in 2017, with community health workers from a small city in the interior of the state of São Paulo. Three self-applicable instruments were used: one developed by researchers, containing sociodemographic variables; the Workplace Stress Scale (WSS) and the Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ). Results: Forty four community health agents participated, 31 (70.5%) of whom were female, 21 (47.7%) aged 40 or over, 18 (40.9%) with secondary education, 22 (50.0 %) single, 33 (75.0%) with a family income two to five minimum wages, 35 (79.5%) did not perform any other paid activity, 37 (84.1%) slept six to eight hours a day and 22 (50.0%) had three to 10 years of experience in primary health care. Twenty-one (47.7%) CHA had significant levels of occupational stress (> 2.5). The factors considered stressors were: deficiency in the dissemination of information about organizational decisions (3.3; ±1.1); deficiency in training for professional training (3.4; ±1.6); little appreciation by superiors (3.2; ±1.4); few prospects for career growth (3.2; ±1.6); discrimination/favoritism in the work environment (3.1; ±1.5); lack of understanding about job responsibilities (3.0; ±1.5); type of existing control (2.9; ±1.1); how the tasks are distributed (2.8; ±1.4); perform tasks that are beyond capacity (2.8; ±1.2); lack of autonomy in carrying out the work (2.7; ±1.3); receive contradictory orders from the superior (2.7; ±1.4); insufficient time to carry out the work (2.7; ±1.3); lack of information about tasks at work (2.6; ±1.2). The regions of the body that the CHA referred to musculoskeletal pain were the low back, neck, shoulders, wrists/hands/fingers and knees, ankles and feet. Conclusions: The results showed that occupational stress and musculoskeletal symptoms are important problems in the CHA's work practice, showing that organizations need to understand health as a strategic value and increase work resources to prevent psychosocial risks and amplify the quality of work of ACS, directing actions to promote and protect the health of these workers, such as reorganizing the work process, listening techniques and stress management, and moments of reflection and support for workers, seeking to reduce suffering and damage that may compromise physical and emotional health of these professionals.
Palavras-chave: Estresse Ocupacional
Occupational Stress
Doenças Profissionais
Occupational Diseases
Dor Musculoesquelética
Musculoskeletal Pain
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Sigla da instituição: FAMERP
Departamento: Faculdade 2::Departamento 3
Programa: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Citação: Suyama, Eduardo Henrique Tadashi. Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde. 2021. 63 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Psicologia) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Identificador do documento: 1591
URI: http://bdtd.famerp.br/handle/tede/725
Data de defesa: 25-Fev-2021
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Psicologia

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