@MASTERSTHESIS{ 2021:1222826902, title = {Estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde}, year = {2021}, doi = "1591", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/725", abstract = "Os agentes comunitários de saúde (ACS) são alvo de grande expectativa da comunidade e demais profissionais da equipe da Estratégia Saúde da Família, podendo vivenciar situações de estresse intenso. Além disso, exercem suas atividades em condições de riscos ocupacionais, como o contato com poeira, a exposição à umidade e à radiação solar, exposição a patógenos, à violência urbana e à sobrecarga de trabalho, que podem causar adoecimento físico e mental. Objetivos: Avaliar a presença de estresse ocupacional e sintomas osteomusculares em agentes comunitários de saúde. Métodos: Estudo transversal e descritivo, realizado em 2017, com agentes comunitários de saúde de um município de pequeno porte do interior do estado de São Paulo. Foram utilizados três instrumentos autoaplicáveis: um elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas; a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO). Resultados: Participaram 44 agentes comunitários de saúde, sendo 31 (70,5%) do sexo feminino, 21 (47,7%) com 40 anos ou mais, 18 (40,9%) com ensino médio, 22 (50,0%) solteiros, 33 (75,0%) com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, 35 (79,5%) não exerciam outra atividade remunerada, 37 (84,1%) dormiam de seis a oito horas diárias e 22 (50,0%) tinham de três a 10 anos de atuação na atenção primária à saúde. Vinte e um (47,7%) ACS apresentaram níveis importantes de estresse ocupacional (>2,5). Os fatores considerados estressores foram: deficiência na divulgação de informações sobre decisões organizacionais (3,3; ±1,1); deficiência nos treinamentos para capacitação profissional (3,4; ±1,6); pouca valorização por superiores (3,2; ±1,4); poucas perspectivas de crescimento na carreira (3,2; ±1,6); discriminação/favoritismo no ambiente de trabalho (3,1; ±1,5); falta de compreensão sobre as responsabilidades no trabalho (3,0; ±1,5); tipo de controle existente (2,9; ±1,1); forma como as tarefas são distribuídas (2,8; ±1,4); realizar tarefas que estão além da capacidade (2,8; ±1,2); falta de autonomia na execução do trabalho (2,7; ±1,3); receber ordens contraditórias do superior (2,7; ±1,4); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,7; ±1,3); falta de informações sobre as tarefas no trabalho (2,6; ±1,2). As regiões do corpo que os ACS referiram dor osteomuscular foram região lombar, pescoço, ombros, punhos/mãos/dedos e joelhos, tornozelos e pés. Conclusões: Os resultados mostraram que o estresse ocupacional e os sintomas osteomusculares são importantes problemas na prática laboral dos ACS, evidenciando que as organizações precisam entender a saúde como um valor estratégico e incrementar os recursos laborais para prevenir riscos psicossociais e amplificar a qualidade do trabalho dos ACS, direcionando ações de promoção e proteção da saúde destes trabalhadores, como reorganização do processo de trabalho, técnicas de escuta e gestão do estresse, e momentos de reflexões e apoio aos trabalhadores, buscando reduzir sofrimentos e danos que possam comprometer a saúde física e emocional destes profissionais.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }