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Tipo do documento: Dissertação
Título: Reabilitação cardiovascular domiciliar para paciente idoso frágil após evento cardíaco agudo
Título(s) alternativo(s): Home-based cardiovascular rehabilitation for frail elderly patients after acute cardiac event
Autor: Grassi, Natasha Casteli 
Primeiro orientador: Nakazone, Marcelo Arruda
Primeiro membro da banca: Carvalho, Tales de
Segundo membro da banca: Lage, Victor
Resumo: Introdução: O envelhecimento populacional e a alta prevalência de doenças cardiovasculares demandam ações preventivas em todos os níveis de atenção à saúde. A reabilitação cardíaca é essencial para melhorar o bem-estar físico e psicológico de pacientes com essas condições, destacando-se a modalidade domiciliar por sua acessibilidade e equidade. Objetivos: Este estudo buscou investigar se um programa de Reabilitação Cardiovascular Domiciliar (RCVD), instituído logo após eventos cardiológicos agudos, era capaz de reduzir o desfecho primário composto por óbito e hospitalização por insuficiência cardíaca ou síndrome coronária aguda. Dentre os desfechos secundários, avaliar a sua aplicabilidade, além da independência funcional e qualidade de vida dos pacientes aderentes ao programa. Casuística e Métodos: Este ensaio clínico pragmático considerou idosos frágeis ou pré-frágeis hospitalizados por síndrome coronária aguda ou insuficiência cardíaca descompensada entre dezembro de 2021 e maio de 2023. Após estabilidade clínica e alta hospitalar, aqueles que aceitaram participar do estudo foram incluídos em uma fase de run-in, visando identificar indivíduos fisicamente ativos. Os pacientes aderentes à proposta do estudo foram então submetidos a um programa de RCVD que considerou condicionamento físico de intensidade moderada, por no mínimo 150 minutos semanais, durante 6 meses. Durante o seguimento, receberam vídeos com orientações de atividades físicas e participaram de sessões síncronas, quando foram virtualmente supervisionados pela equipe durante a realização dos exercícios físicos. O grupo controle foi constituído por pacientes pareados por sexo e idade, que se recusaram a participar do programa de RCVD, mas que receberam todas as recomendações para a prática de atividade física durante o seu seguimento clínico. A análise intragrupos utilizou testes de Wilcoxon e McNemar, enquanto a intergrupos envolveu teste t ou teste exato de Fisher. Valores P < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: A casuística do estudo considerou 35 indivíduos [69% homens e mediana de idade de 71 (68 – 76) anos], sendo 23 participantes da RCVD e 12 controles. A intervenção proposta pelo programa de RCVD não conferiu redução do desfecho primário composto por óbito e hospitalização por eventos cardiovasculares agudos, embora não tenha sido associada a qualquer complicação clínica significativa. Por outro lado, entre T0 e T6, o grupo submetido à RCVD demonstrou um aumento significativo na distância percorrida no teste de caminhada (P = 0,001), uma melhor performance no teste Timed Up and Go (P = 0,005) e melhoria percepção de seu estado geral de saúde no SF- 36 (P = 0,014). Além disso, constatamos uma significativa redução de seus índices de fragilidade (P = 0,027), também capturada pela Escala de Edmonton (P < 0,001) refletindo melhorias no campo da cognição (P = 0,009), independência funcional (P = 0,004), nutrição (P = 0,008) e no teste Timed Up and Go (P = 0,025). Conclusões: O programa de RCVD não reduziu óbitos ou hospitalizações, porém demonstrou-se seguro e promissor na redução da síndrome de fragilidade e na promoção de maior autonomia em idosos.
Abstract: Introduction: The aging population and the high prevalence of cardiovascular diseases demand preventive actions at all levels of healthcare. Cardiac rehabilitation is essential for improving the physical and psychological well-being of patients with these conditions, with home-based modalities standing out for their accessibility and equity. Objectives: This study aimed to investigate whether a Home-based Cardiovascular Rehabilitation (HBCR) program, initiated shortly after acute cardiac events, could reduce the primary composite outcome of death and hospitalization due to heart failure or acute coronary syndrome. Secondary outcomes included evaluating its feasibility, as well as the functional independence and quality of life of patients adhering to the program. Patients and Methods: This pragmatic clinical trial considered frail or pre-frail elderly patients hospitalized for acute coronary syndrome or decompensated heart failure between December 2021 and May 2023. After clinical stability and hospital discharge, those who agreed to participate were included in a run-in phase to identify physically active individuals. Patients adhering to the study proposal were then undergoing to an HBCR program consisting of moderateintensity physical conditioning for a minimum of 150 minutes per week over 6 months. During follow-up, they received instructional videos for physical activities and also participated in synchronous sessions, where they were virtually supervised by the team during physical conditioning. The control group comprised patients matched by sex and age who refused to participate in the HBCR program but received all recommendations for physical activity during their clinical follow-up. Intragroup analysis used Wilcoxon and McNemar tests, while intergroup comparison involved t-tests or Fisher's exact tests. P values < 0.05 were considered statistically significant. Results: The study cohort comprised 35 individuals (69% men) with a median age of 71 (range 68–76) years, with 23 participants in the HBCR group and 12 controls. The intervention proposed by the HBCR program did not reduce the primary composite outcome of death and hospitalization due to acute cardiovascular events, although it was not associated with any significant clinical complications. However, between T0 and T6, the HBCR group demonstrated a significant increase in the distance covered in the 6-minute walk test (P = 0.001), improved performance in the Timed Up and Go test (P = 0.005), and an improvement in their overall health perception in the SF-36 (P = 0.014). Additionally, we observed a significant reduction in their frailty indices (P = 0.027), also captured by the Edmonton Frail Scale (P < 0.001), reflecting improvements in cognition (P = 0.009), functional independence (P = 0.004), nutrition (P = 0.008), and the Timed Up and Go test (P = 0.025). Conclusions: The HBCR program did not reduce mortality or hospitalizations, but it was safe and showed promise in reducing frailty syndrome and promoting greater autonomy in the elderly.
Palavras-chave: Telerreabilitação
Telerehabilitation
Doenças Cardiovasculares
Cardiovascular Diseases
Idoso
Aged
Fragilidade
Frailty
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Sigla da instituição: FAMERP
Departamento: Faculdade 1::Departamento 1
Programa: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Citação: Grassi, Natasha Casteli. Reabilitação cardiovascular domiciliar para paciente idoso frágil após evento cardíaco agudo. 2024. [62 f]. Dissertação( Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, [São José do Rio Preto] .
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bdtd.famerp.br/handle/tede/855
Data de defesa: 26-Abr-2024
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

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