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Tipo do documento: Dissertação
Título: Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre médicos da atenção primária à saúde
Autor: Moretti, Marli dos Santos Rosa 
Primeiro orientador: Pompeo, Daniele Alcalá
Primeiro coorientador: Lourenção, Luciano Garcia
Primeiro membro da banca: Gazetta, Cláudia Eli
Segundo membro da banca: Ximenes Neto, Francisco Rosemiro Guimarães
Terceiro membro da banca: Santos, Maria de Lourdes Sperli Geraldes
Quarto membro da banca: Nascimento, Vagner Ferreira do
Resumo: O processo de recomposição das equipes e a reorganização do processo de trabalho propostos pela nova Política Nacional da Atenção Básica dificultam a necessária qualificação dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde, a implementação de processos de trabalho mais democráticos e participativos e a regularização dos vínculos contratuais. Este cenário pode refletir na satisfação dos trabalhadores com o ambiente e o processo de trabalho, levando ao sofrimento psíquico e estimulando a rotatividade profissional, especialmente, dos médicos. Objetivo: Avaliar os níveis de estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento entre médicos de Unidades da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em 2017, com amostra não probabilística, de conveniência, que incluiu 32 médicos das unidades de Atenção Primária à Saúde do município de São José do Rio Preto, São Paulo. Para a coleta dos dados foi utilizado um instrumento elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). As variáveis sociodemográficas e profissionais foram utilizadas para caracterizar a população do estudo. Os dados das escalas foram analisados em função do cálculo dos escores, adequados à análise dos instrumentos, com tratamento estatístico apropriado, considerando-se nível de significância de 95%. Resultados: Participaram 32 médicos, com idade entre 27 e 75 anos (média de 45,2). Houve predomínio do sexo feminino (59,4%), casados (62,5%), com especialização (46,9%), concursados (53,1%), com jornada de 40 horas semanais (59,4%), renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos (68,8%). O tempo de atuação na APS variou de seis meses a 30 anos, com mediana de sete anos. O escore médio de estresse ocupacional foi 2,1; oito profissionais (25,0%) apresentaram escores compatíveis com estresse importante (>2,5). Foram apontados como maiores estressores: falta de perspectivas de crescimento na carreira (2,9; DP=1,3); forma de distribuição das tarefas (2,7; DP=1,0); deficiência nos treinamentos profissionais (2,7; DP=1,2); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,6; DP=1,2); tipo de controle (2,5; DP=1,0); falta de autonomia na execução do trabalho (2,5; DP=1,2). O modo de enfrentamento com maior escore foi o focalizado no problema (3,75), seguido da busca por suporte social (3,17). Houve diferença significativa dos escores médios para as estratégias de enfrentamento "focalizada no problema" (p < 0,001) e busca de suporte social (p = 0,013), com escore mais elevado nestas estratégias entre os profissionais não estressados. Conclusão: As condições e as pressões do ambiente laboral na APS são favoráveis ao desenvolvimento de estresse pelos médicos. O desequilíbrio emocional direciona a estratégia de enfrentamento dos profissionais do ambiente laboral, reforçando a necessidade de se criar um ambiente laboral acolhedor, com equipes coesas, integradas e bem geridas, que se sintam à vontade para compartilhar emoções e estejam engajadas em promover o apoio social. Os resultados deste estudo impactam na gestão do sistema municipal de saúde, especialmente, em relação à saúde dos médicos da APS e podem contribuir, indiretamente, para a melhoria resolutividade dos serviços e da assistência prestada aos usuários da rede de atenção básica do município.
Abstract: The process of team recomposition and the reorganization of the working process proposed by the new National Primary Health Care Policy make this even more difficult to achieve the required qualification of Primary Health Care workers; the implementation of more democratic and participatory working processes and the regularization of contractual bonds. This scenario can affect the workers' satisfaction with the environment and the working process, resulting in psychological suffering and fostering professional turnover, especially, among physicians. Objective: To evaluate occupational stress levels and coping strategies among physician in Primary Health Care Units. Method: Quantitative, descriptive, cross-sectional study, carried out in 2017, with a non-probabilistic, convenience sample, which comprised 32 physicians from Primary Health Care Units in São José do Rio Preto city, São Paulo state. For data collection, an instrument developed by the researchers was used with sociodemographic and professional variables; Workplace Stress Scale (WSS) and the Problem Coping Scale (PCS). Sociodemographic and professional variables were used to characterize study population. The scale data were analyzed according to calculation of scores for analysis of instruments and underwent appropriate statistical treatment, considering a significance level of 95%. Results: Thirty-two physicians participated, aged between 27 and 75 years (average of 45.2 years). There was predominance of females (59.4%), married (62.5%), with graduate specialization (46.9%), permanently assigned (53.1%), working 40 hours a week (59.4%), monthly family income above 10 minimum wages (68.8%). Working time of professionals in PHC ranged from six months to 30 years, with a median of seven years. The average score for occupational stress was 2.1 and eight professionals (25.0%) had scores compatible with important stress (> 2.5). The greatest stressors pointed out by physician were: lack of prospects for career growth (2.9; SD = 1.3); distribution of tasks (2.7; SD = 1.0); deficiency in professional training (2.7; SD = 1.2); no time enough to carry out the work (2.6; SD = 1.2); control type (2.5; SD = 1.0); lack of autonomy in carrying out work (2.5; SD = 1.2). The mode of coping with highest score was that focused on the problem (3.75), followed by search for social supporting (3.17). There was a significant difference in the mean scores for “problem-focused” coping strategies (p <0.001) and the search for social supporting (p = 0.013), with a higher score in these strategies among non-stressed professionals. Conclusion: The conditions and pressures of the working environment in PHC are propitious to the development of stress by physicians. Emotional imbalance guides the professionals' coping strategies in the work environment, reinforcing the need to create a welcoming work environment, with cohesive, integrated and well-managed teams that feel comfortable sharing emotions and are engaged in promoting social supporting. The results of this study have impacted the management of the municipal health system, especially, in relation to the health of PHC physicians and can indirectly contribute to the
Palavras-chave: Estresse Ocupacional
Occupational Stress
Atenção Primária à Saúde
Primary Health Care
Esgotamento Profissional
Burnout, Professional
Área(s) do CNPq: CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
Sigla da instituição: FAMERP
Departamento: Faculdade 1::Departamento 2
Programa: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Citação: Moretti, Marli dos Santos Rosa. Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre médicos da atenção primária à saúde. 2021. 64 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Enfermagem) - Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Identificador do documento: 1633
URI: http://bdtd.famerp.br/handle/tede/779
Data de defesa: 30-Mar-2021
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

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