@MASTERSTHESIS{ 2021:356009982, title = {Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre médicos da atenção primária à saúde}, year = {2021}, doi = "1633", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/779", abstract = "O processo de recomposição das equipes e a reorganização do processo de trabalho propostos pela nova Política Nacional da Atenção Básica dificultam a necessária qualificação dos trabalhadores da Atenção Primária à Saúde, a implementação de processos de trabalho mais democráticos e participativos e a regularização dos vínculos contratuais. Este cenário pode refletir na satisfação dos trabalhadores com o ambiente e o processo de trabalho, levando ao sofrimento psíquico e estimulando a rotatividade profissional, especialmente, dos médicos. Objetivo: Avaliar os níveis de estresse ocupacional e as estratégias de enfrentamento entre médicos de Unidades da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo transversal e descritivo, realizado em 2017, com amostra não probabilística, de conveniência, que incluiu 32 médicos das unidades de Atenção Primária à Saúde do município de São José do Rio Preto, São Paulo. Para a coleta dos dados foi utilizado um instrumento elaborado pelos pesquisadores, contendo variáveis sociodemográficas e profissionais; a Escala de Estresse no Trabalho (EET) e Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). As variáveis sociodemográficas e profissionais foram utilizadas para caracterizar a população do estudo. Os dados das escalas foram analisados em função do cálculo dos escores, adequados à análise dos instrumentos, com tratamento estatístico apropriado, considerando-se nível de significância de 95%. Resultados: Participaram 32 médicos, com idade entre 27 e 75 anos (média de 45,2). Houve predomínio do sexo feminino (59,4%), casados (62,5%), com especialização (46,9%), concursados (53,1%), com jornada de 40 horas semanais (59,4%), renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos (68,8%). O tempo de atuação na APS variou de seis meses a 30 anos, com mediana de sete anos. O escore médio de estresse ocupacional foi 2,1; oito profissionais (25,0%) apresentaram escores compatíveis com estresse importante (>2,5). Foram apontados como maiores estressores: falta de perspectivas de crescimento na carreira (2,9; DP=1,3); forma de distribuição das tarefas (2,7; DP=1,0); deficiência nos treinamentos profissionais (2,7; DP=1,2); tempo insuficiente para realizar o trabalho (2,6; DP=1,2); tipo de controle (2,5; DP=1,0); falta de autonomia na execução do trabalho (2,5; DP=1,2). O modo de enfrentamento com maior escore foi o focalizado no problema (3,75), seguido da busca por suporte social (3,17). Houve diferença significativa dos escores médios para as estratégias de enfrentamento "focalizada no problema" (p < 0,001) e busca de suporte social (p = 0,013), com escore mais elevado nestas estratégias entre os profissionais não estressados. Conclusão: As condições e as pressões do ambiente laboral na APS são favoráveis ao desenvolvimento de estresse pelos médicos. O desequilíbrio emocional direciona a estratégia de enfrentamento dos profissionais do ambiente laboral, reforçando a necessidade de se criar um ambiente laboral acolhedor, com equipes coesas, integradas e bem geridas, que se sintam à vontade para compartilhar emoções e estejam engajadas em promover o apoio social. Os resultados deste estudo impactam na gestão do sistema municipal de saúde, especialmente, em relação à saúde dos médicos da APS e podem contribuir, indiretamente, para a melhoria resolutividade dos serviços e da assistência prestada aos usuários da rede de atenção básica do município.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }