@MASTERSTHESIS{ 2022:1594392069, title = {Impacto da covid-19 na saúde mental de crianças com transtornos mentais e a sobrecarga de cuidadores}, year = {2022}, doi = "1571", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/707", abstract = "A pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe mudanças significativas na vida cotidiana das crianças. Dada sua vulnerabilidade, essa população é muito suscetível às repercussões socioeconômicas e psicológicas ocasionadas pelo contexto atual. Pais e/ou responsáveis tornam-se os principais agentes de cuidado, e mudanças no cotidiano de todos foram necessárias para adequação às demandas das crianças com transtornos mentais. Objetivo: Analisar e compreender os impactos sociais e psicológicos da COVID-19 na vida das crianças diagnosticadas com Transtornos Mentais e a sobrecarga dos cuidadores. Método: Trata-se de um estudo transversal de delineamento descritivo, abordagem quantitativa, realizada com 50 crianças de 04 a 12 anos que estão em acompanhamento psiquiátrico em um ambulatório de especialidades do interior do estado de São Paulo. Foi utilizado um questionário desenvolvido pelos pesquisadores para caracterizar os participantes quanto aspectos demográficos e clínicos e uma escala adaptada de Zarit e Zarit (1987) para avaliar a sobrecarga de cuidadores de crianças com transtornos mentais. Resultados: A amostra foi composta, em sua maioria, por participantes do sexo masculino (80%), na faixa etária entre 8 a 12 anos (86%). Quinze (18,75%) crianças apresentaram a hipótese diagnóstica de Transtornos de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Vinte (24,41%) crianças realizavam o uso de Risperidona. 70% das crianças tiveram seus atendimentos multiprofissionais suspensos, sendo que 66% apresentaram piora em seus sintomas. Ao serem questionados sobre alterações nas relações familiares, 44% responderam por piora nas relações. A amostra de cuidadores foi composta, em sua maioria, por mães 94%. Ao investigar aspectos relacionados à sobrecarga no contexto de pandemia, 24% dos cuidadores relataram que sempre tiveram que dedicar mais tempo à criança ou adolescente não sobrando tempo suficiente para si mesmos. Podemos notar também que 62% dos cuidadores relataram que às vezes se sentiam mais irritados ou tensos nos últimos meses quando a criança estava por perto. Cinquenta porcento relataram que a sua saúde nunca sofreu devido ao envolvimento com os cuidados da criança ou do adolescente. Entretanto 64% relataram que às vezes sentem incertezas sobre o que fazer para ajudar a criança ou o adolescente. Pode-se observar também que 42% referem que às vezes acham que deveriam estar fazendo mais pela criança. Para finalizar, 40% relataram que sempre se sentiram sobrecarregados em cuidar da criança durante a pandemia da covid-19, evidenciando a necessidade de apoio social adequado e suporte familiar para a divisão das atividades básicas a serem realizadas junto a criança. Conclusão: Conclui-se que as crianças apresentaram piora nos sintomas já existentes no período de pandemia, altos índices de sobrecarga podem ser observados. Entende-se que é preciso ampliar o acesso à assistência multiprofissional, a fim de minimizar os danos ocasionados pela pandemia sobre a saúde mental das crianças com transtornos mentais. Dessa forma, os serviços de saúde tornam-se responsáveis no oferecimento de suporte e na educação em saúde, a fim de diminuir a sobrecarga emocional.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }