@PHDTHESIS{ 2020:1866841312, title = {Biomarcadores de estresse oxidativo na esquizofrenia resistente ao tratamento}, year = {2020}, doi = "1557", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/674", abstract = "A esquizofrenia é um transtorno mental severo que atinge 1% da população mundial. Aproximadamente um terço dos pacientes apresenta esquizofrenia resistente ao tratamento (ERT). Diversas hipóteses foram propostas para os mecanismos neurobiológicos subjacentes à esquizofrenia, incluindo o estresse oxidativo, que pode agravar a doença e provocar resposta insatisfatória ao tratamento. Objetivo: Avaliar os níveis de marcadores de estresse oxidativo em pacientes esquizofrênicos, tratados em um centro de saúde terciário e compará-los a um grupo controle, correlacionando-os com características psicopatológicas, sociodemográficas e clínicas. Casuística e Método: Participaram do estudo 89 indivíduos, divididos em três grupos: 36 indivíduos saudáveis (GC), 26 pacientes com esquizofrenia não resistente ao tratamento (ENTR) e 27 pacientes com esquizofrenia resistente ao tratamento (ERT). Os pacientes receberam o diagnóstico de esquizofrenia, conforme critérios do DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Critérios de Kane et al. e algoritmos do IPAP (International Psychopharmacology Algorithm Project) foram utilizados para determinar ERT. Os participantes submeteram-se à coleta de sangue periférico, para análise por espectrofotometria da superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx), catalase (CAT), glutationa total (GSH-t), capacidade antioxidante equivalente ao trolox (TEAC) e malondialdeído (MDA). Perfil lipídico, dados clínicos e sociodemográficos foram coletados para comparação e correlação com os biomarcadores. A PANSS (Escala das Síndromes Positiva e Negativa) foi utilizada para avaliação da gravidade psicopatológica. As análises estatísticas compreenderam os testes Qui-quadrado, teste exato de Fisher, teste de Mann- Whitney, teste de Kruskal-Wallis e coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Os grupos ENRT e ERT apresentaram redução significativa dos níveis da SOD e elevação dos níveis de MDA, comparados ao grupo GC; enquanto CAT, GPx, GSH-t e TEAC não mostraram diferenças significativas entre os grupos. Os grupos ENRT e ERT apresentaram níveis semelhantes entre os biomarcadores; entretanto, todos estes estavam diminuídos no grupo ERT. Houve significância estatística, no grupo ERT, na correlação positiva da CAT com a escala positiva da PANSS e ziprasidona, GSH-t com glicose e risperidona, MDA com HDL e correlação negativa da GPx com idade, SOD com IMC, CAT com CT e clorpromazina, GSH-t com VLDL e TGL. O grupo ENRT apresentou correlação positiva da GPx com VLDL e TGL e correlação negativa da CAT com a escala positiva da PANSS. Conclusão: Níveis reduzidos de SOD e elevados de MDA estão associados à esquizofrenia. Níveis reduzidos de todos os biomarcadores no grupo ERT, em comparação ao grupo ENRT, embora sem diferença significativa, mostram tendência à diminuição dos biomarcadores de estresse oxidativo na esquizofrenia resistente. CAT pode ser considerada um marcador de gravidade psicopatológica. A correlação entre biomarcadores de estresse oxidativo, perfil metabólico e antipsicóticos sugere que o estresse oxidativo na esquizofrenia resistente esteja associado ao tratamento e deverá ser melhor avaliado em outros estudos com desenho longitudinal.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }