@MASTERSTHESIS{ 2019:1113420729, title = {Marcadores de estresse oxidativo em pacientes com epilepsia do lobo temporal mesial}, year = {2019}, doi = "1512", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/666", abstract = "A epilepsia, condição neurológica crônica de etiologia heterogênea, afeta mundialmente cerca de 50 milhões de indivíduos. A epilepsia do lobo temporal (ELT), com prevalência estimada de 20-25%, induz alterações bioquímicas, fisiológicas, moleculares e estruturais complexas no cérebro. A esclerose mesial temporal (EMT) é uma das lesões mais frequentemente associadas à ELT. Há prevalência elevada de transtornos psiquiátricos (TP) em pacientes com ELT-EMT, cujos mecanismos fisiopatológicos podem estar correlacionados. O estudo do estresse oxidativo, decorrente do desequilíbrio entre produção de compostos oxidantes e atividade do sistema de defesa antioxidante, poderá contribuir na compreensão da base biológica de ELT-EMT. Objetivos – Avaliar a associação de marcadores do estresse oxidativo com ELT-EMT em pacientes resistentes ao tratamento medicamentoso, com e sem TP. Casuística e Métodos – Foram estudados 98 indivíduos, distribuídos em três grupos: G1–25 pacientes diagnosticados com ELT-EMT refratária sem TP; G2–21 pacientes com ELT-EMT refratária e TP; G3–52 indivíduos sem diagnóstico de epilepsia (Grupo Controle). Marcadores do estresse oxidativo, incluindo catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx), glutationa redutase (GR), glutationa reduzida somada à glutationa oxidada (GSH-t), glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), capacidade antioxidante total equivalente ao Trólox (TEAC) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) foram analisados por espectrometria. Perfil clínico/demográfico/social e hábitos de vida foram obtidos por meio de questionário e prontuário médico. Admitiu-se erro alfa de 5%. Resultados – Os grupos mostraram semelhança para sexo, tabagismo, etilismo e comorbidades (P>0,05). História familial de epilepsia prevaleceu nos pacientes, comparado aos controles (G1=60%; G2=57,1%; G3=15,4%; P=0,0002 e P=0,0009, respectivamente). Para perfil social, observou-se menor renda financeira em pacientes (G1=48%; G2=42,9%), comparado aos controles (G3=90,4%; P=0,0003 e P<0,0001; respectivamente); o mesmo ocorreu para escolaridade em nível superior (G1=4%; G2=4,8%; G3=63,5%; P<0,0001 e P<0,0001; respectivamente). Em relação aos marcadores de estresse oxidativo, níveis de CAT mostraram-se aumentados em pacientes (G1=15.901±5.395,5U/mL; G2=16.334±5.815,8U/mL), comparado aos controles (G3=10.155±4.286,2U/mL; P<0,0001), assim como TBARS (G1=569,73±694,35ng/mL; G2=506,13±598,08ng/mL; G3=180,23±47,09ng/mL; P=0,0013). Por outro lado, os pacientes apresentaram redução nos níveis de GPx (G1=4,81±1,54U/mL; G2=4,81±1,40U/mL), G6PD (G1=0,91±0,32U/mL; G2=0,85± 0,24U/mL) e GSH-t (G1=0,53±0,15mM; G2=0,55±0,15mM), comparado aos controles (G3=7,06±1,81U/mL; 1,10±0,32U/mL; 0,66±0,27mM; P<0,0001; P=0,0057; P=0,0454). Houve correlação negativa entre TBARS e GPx no G2 (R=-0,5151; P=0,0240), entretanto, houve correlação positiva no grupo controle entre GR e G6PD (R=0,2854; P=0,0403), GPx e G6PD (R=0,3362; P=0,0148); GSH-t e G6PD (R=0,2950; P=0,0338) e GPx e GSH-t (R=0,5977; P<0,0001). Conclusão – Valores reduzidos de GPx, G6PD e GSH-t e aumentados de CAT em pacientes, com ou sem TP, indicam demanda de antioxidantes no combate ao estresse oxidativo na ELT-EMT, porém nem sempre eficaz mostrado pelo aumento de TBARS, um marcador de peroxidação lipídica. A correlação entre os marcadores de estrese oxidativo reflete a integração dos sistemas antioxidantes e a peroxidação lipídica. Destaca-se, ainda, a persistência de estigmas sociais pré-estabelecidos nos pacientes com ELT-EMT, relacionados a perfil sócio-econômico-educacional, além de caráter genético associado à doença.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }