@PHDTHESIS{ 2019:180042320,
 	title = {Adaptação ao uso da prótese auditiva, impacto e percepção do paciente em relação a um grupo psicoeducativo},
 	year = {2019},
 	doi = "1522",
 	url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/636",
 	abstract = "Um déficit auditivo pode prejudicar a qualidade de vida, a socialização e a independência, em função de seu impacto sobre a fala, a linguagem, a aprendizagem e a comunicação. As consequências negativas da deficiência auditiva (DA) sobre o funcionamento global podem também aumentar a vulnerabilidade para transtornos mentais, como ansiedade e depressão e acarretar problemas acadêmicos e profissionais. Objetivos: caracterizar pacientes com DA e avaliar sintomas de ansiedade e de depressão, pré e pós-grupo psicoeducativo e colocação de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI); avaliar adaptação, satisfação, impacto no estilo de vida, adesão e dificuldades associados ao uso da prótese auditiva. Materiais e métodos: Participaram pacientes adultos de ambos os sexos com DA (perdas entre leve e profunda) atendidos no Serviço de Deficiência Auditiva de Hospital de ensino do interior do estado de São Paulo durante um período de 12 meses. Todos os pacientes foram avaliados pré e pós-grupo psicoeducativo e colocação do AASI por meio de entrevista, Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e Questionário SADL (Satisfaction with Amplification in Daily Life). Resultados: Participaram 103 pacientes, 54 (52,4%) do gênero masculino, com média de idade de 68,06 (DP = 1,07). Perda neurossensorial foi observada em 94 pacientes (91,3%), perda moderada bilateral em 49 (47,6%) e 92 (89,3%) tiveram indicação de prótese bilateral. A maioria avaliou o relacionamento familiar como ótimo (n=40, 38,8%) e bom (n=42, 40,8%); esquiva de situações sociais (n=56, 54,4%) e isolamento (n=3, 2,9%) foram relatados por mais da metade dos participantes. Expectativas quanto o AASI incluíram ouvir melhor (n=79), facilidades na comunicação (n=58) e melhor compreensão da fala (n=54). Houve redução estatisticamente significante dos sintomas de ansiedade (p<0,0001) e de depressão (p<0,0001) na avaliação pós-grupo psicoeducativo e colocação do AASI. Na avaliação pós não houve correlação estatisticamente significante entre sintomas de ansiedade e grau de perda auditiva (r = 0,07027 e p = 0,4806). Houve, entretanto, uma tendência mostrando que o aumento do grau de perda agrava os sintomas de ansiedade. Houve correlação negativa entre sintomas de depressão e grau de perda auditiva na avaliação pós (r = 0,209 e p = 0,0341), indicando que quanto maior o grau de perda, menos sintomas depressivos após a colocação do AASI. O uso do AASI durante o dia todo foi relatado por 43 (41,7%) pacientes, 28 (27,2%) utilizam até oito horas por dia e 46,6% (n=48) relataram total adaptação à prótese auditiva. Houve correlação negativa entre adaptação ao AASI e sintomas de ansiedade e de depressão, isto é, quanto maior a adaptação à prótese, menos sintomas de ansiedade e de depressão (P<0,0001). As principais dificuldades associadas ao uso do AASI foram cuidar da prótese (n=31), falar ao telefone (n=30) e ambientes ruidosos (n=19). A maioria (n=74) relatou satisfação com o uso do AASI. Foram apontados com maior frequência os seguintes benefícios do uso da prótese: melhora no relacionamento familiar (n=62), no relacionamento social (n=49), melhora na qualidade de vida (n=42) e ouvir e compreender melhor a fala dos outros (n=41). A maioria (n=97, 94,2%) destacou a satisfação com o grupo psicoeducativo e o impacto positivo deste para o manejo das demandas do uso diário da prótese auditiva: 69 indicaram que o grupo foi importante para a aquisição de informações, 51destacaram as orientações recebidas para a adaptação ao AASI, 17 citaram o auxílio para lidar com a família, 15 que o grupo auxiliou na aquisição de repertório psicológico e 13 destacaram que a intervenção ajudou no preparo emocional para o processo de adaptação a prótese. As respostas dos pacientes ao Questionário SADL indicaram satisfação máxima em 69,9% dos participantes. A satisfação máxima foi também indicada nas subescalas: Efeitos Positivos (62,2%), Serviços e Custos (90,3%), Fatores Negativos (56,3%) e Imagem Pessoal (79,6%). Conclusão: Pacientes com DA eram principalmente do sexo masculino, idosos, com perda neurosensocial e indicação de prótese bilateral, bom relacionamento familiar e dificuldades na interação social. Houve redução dos sintomas de ansiedade e de depressão após o grupo psicoeducativo e a colocação do AASI. A maior parte dos participantes utilizou adequadamente o AASI, relatou adaptação e satisfação com a prótese. Houve correlação negativa entre adaptação ao AASI e sintomas de ansiedade e de depressão. Também houve correlação negativa significante entre a satisfação com o AASI e sintomas de ansiedade e de depressão. O grupo psicoeducativo e a colocação do AASI foram avaliados como positivos.",
 	publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde},
 	note = {Faculdade 1::Departamento 1}
}