@PHDTHESIS{ 2019:1822116672, title = {Análise dos resultados do tratamento da terlipressina na síndrome hepatorrenal}, year = {2019}, doi = "1520", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/634", abstract = "A síndrome hepatorrenal (SHR) é uma insuficiência renal funcional potencialmente reversível em pacientes portadores de cirrose avançada, com alta taxa de mortalidade e resultante de alterações hemodinâmicas que promovem vasoconstricção renal. Subdivide-se em 2 tipos: tipo 1, deterioração rápida da função renal e menor taxa de sobrevida (15 dias); e, tipo 2, quadro mais lento e progressivo. O tratamento de escolha é o transplante de fígado, e existem poucas opções terapêuticas de primeira linha para SHR-1 como "ponte" para o transplante, entre elas a terlipressina, que não é oferecida pelo SUS. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da terlipressina em pacientes cirróticos com SHR-1, internados em Hospital Universitário. Casuística e Método: Estudo prospectivo por período de 30 meses que fez parte de projeto de pesquisa para o SUS (PPSUS/FAPESP). Foram incluídos pacientes com idade 18-75 anos; diagnóstico de cirrose hepática (histológica ou por exames complementares); critérios de SHR-1 pelo CIA 2007; ausência de neoplasias (exceto CHC dentro dos critérios de Milão); possibilidade de tratamento posterior (Transplante de Fígado e/ou TIPS); com qualquer contraindicação à terlipressina como: insuficiência coronariana, insuficiência vascular periférica grave e arritmias cardíacas. Resultados: foram identificados 303 episódios de LRA em 161 pacientes e, dentre estes, 22 episódios de SHR-1 que ocorreram em 19 pacientes. Dados demográficos e clínicos dos 19 pacientes: idade 57,4±7 anos; homens 12 (63,2%); etiologia da cirrose: alcoólica 10 (52,6%), NASH 4 (21,1%), VHC 2 (10,5%), álcool e NASH 2 (10,5%). Identificaram-se Child C em 13 (59,1%) e B 9 (40,9%) e escore MELD 23,5 (17-39) (mediano). Diagnóstico de infecções bacterianas em 18 episódios (81,8%), sendo: ITU 8 (44,4%); PBE 7 (27,8%); bacterioascite 2 (11,1%). A média da creatinina no diagnóstico de SHR-1 foi: 3,40 (±0,64); FE de Na+ 0,12 (0,02-3,66) e FE de ureia 23,94 (±14,08). Vinte episódios de SHR-1 foram tratados com terlipressina associada a albumina EV por 6,2 dias (1-14). Apenas um paciente apresentou evento adverso moderado à terlipressina (diarreia e distúrbios hidroeletrolíticos), resolvidos após a suspensão; 8 pacientes necessitaram de ajuste da albumina por congestão pulmonar. Resposta completa caracterizada pela redução da cr<1,5mg/dL em qualquer tempo do tratamento ocorreu em 11/20 eventos (55%); resposta parcial em 3/20 eventos (15%) e ausência de resposta em 6/20 eventos (30%). Três pacientes apresentaram recorrência da SHR-1 sendo retratados. Desfechos secundários: 4 pacientes realizaram transplante de fígado e 4 necessitaram de diálise. Mortalidade: óbito hospitalar foi 73,7% (14/19) sendo 11 pacientes por choque séptico e 3 pacientes por choque hipovolêmico. Conclusão: A terlipressina foi eficaz e bem tolerada. Houve resposta na maioria dos pacientes, porém alta mortalidade, confirmando a gravidade da SHR-1 em pacientes com cirrose avançada. Nossos resultados na prática diária, semelhantes à literatura, corroboram o uso deste recurso em enfermaria do SUS, especialmente por ser o recurso de melhor custo-benefício.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }