@MASTERSTHESIS{ 2020:1612440945, title = {Teste sorológico ML Flow: ferramenta complementar na hanseníase}, year = {2020}, doi = "1485", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/614", abstract = "A Hanseníase, doença infectocontagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae manifesta-se por meio de sinais e sintomas dermatoneurológicos. O exame dos contatos domiciliares é um pilar para o controle da doença e oportuniza diagnosticar novos casos de Hanseníase com precocidade. A forte associação entre positividade ao PGL-I e adoecimento indica que o teste sorológico ML Flow pode ser um exame útil para identificar os contatos com maior risco de adoecer. Objetivos: Associar os resultados do teste ML Flow com a predisposição para o desenvolvimento da doença no contato domiciliar e no caso índice com sua classificação clínica, e traçar o perfil epidemiológico dos casos e contatos. Material e Métodos: Estudo prospectivo, com todos os pacientes diagnosticados com Hanseníase ao longo de um ano, virgens de tratamento e seus contatos domiciliares, em seis municípios do Grupo de Vigilância Epidemiológica XXIX, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil (SJRP/SP). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Adolfo Lutz. Todos os casos e contatos realizaram exames dermatológicos, avaliação neurológica simplificada e teste ML Flow. A amostra de sangue dos pacientes e seus contatos foram encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz de SJRP-SP para realização do ML Flow. Os dados foram analisados no EPI INFO.7. Realizou-se a distribuição da frequência das variáveis estudadas e, para verificar associação entre elas considerou-se significantes o valor-p=0,05. Resultados: Foram realizados exames em 26 novos casos de Hanseníase e em 72,4% (n=44) dos seus contatos domiciliares. Os casos, em sua maioria, eram homens (n=16/61,5%), acima de 35 anos (n=20/77%), ensino fundamental incompleto (n=18/69,3%), casados(n=12/46,2%), estavam empregados (n=14/53,8%), possuíam casa própria (n=17/65,4%). Quanto aos dados clínicos houve predomínio das formas multibacilares (n=22/86,4%), baciloscopia positiva (n=16/61,5%) e sem deficiência física (n=17/65,4%). A positividade do teste ML Flow nos casos foi de 53,8% (n=14) e se associou à baciloscopia positiva e formas multibacilares (valor-p<0,05). O acréscimo do teste ML Flow para o diagnóstico da hanseníase foi de 7,7%. A média, em meses, de aparecimento dos sintomas para os casos que tiveram ML Flow positivo foi menor (31,7) do que para os que tiveram ML Flow negativo (38,75). Quanto aos contatos, houve predomínio de mulheres (n=23/52,3%) acima de 35 anos (n=23/52,3%) com ensino fundamental completo (n=25/56,8%), solteiros (n=19/43,2%) e empregados (n=22/50%). A vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG) foi aplicada em 81,8% (n=36) dos contatos. Dos 12 (27,3%) contatos domiciliares positivos para o ML Flow, todos conviveram com casos multibacilares, sete com casos que também possuíam baciloscopia positiva e seis com parentes consanguíneos. Conclusão: O teste MLFlow mostrou-se eficaz tanto para selecionar os contatos domiciliares que possuem predisposição para o desenvolvimento da doençaquanto para auxiliar na classificação correta dos casos de Hanseníase. Os contatos dos doentes multibacilares, com baciloscopia positiva e consanguíneos, parecem estar mais expostos ao bacilo da Hanseníase. O ML Flow é um teste rápido, de fácil execução, realizável em laboratórios de referência e nas unidades básicas de saúde locais, de acordo com o SUS, onde deve ser feito o diagnóstico e tratamento da Hanseníase.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }