@MASTERSTHESIS{ 2019:1388748540, title = {Enfrentamento em pacientes com dor neuropática na perspectiva da psicanálise}, year = {2019}, doi = "1470", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/599", abstract = "A dor crônica neuropática ocasionada por lesão ou doença no sistema nervoso somatossensorial, na medula, ou em nervos, atinge múltiplas dimensões e acarreta consequências na qualidade de vida do indivíduo. Objetivos: Compreender o cenário da dor crônica neuropática; identificar as estratégias de enfrentamento e analisar o enfrentamento da dor na perspectiva psicanalítica. Casuística e Métodos: Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantiqualitativa realizado no Ambulatório da Clínica da Dor de um Ambulatório Escola no interior do noroeste paulista. Participaram deste estudo 61 pacientes com diagnóstico médico de dor crônica neuropática, no período de agosto a dezembro de 2017. Para a coleta de dados foram utilizados cinco instrumentos: entrevista semiestruturada (dados sociodemograficos e clínicos); Pain Detect (questionário sobre a dor intuitivo e visual); Escala de Alexitimia (avalia as dificuldades para identificar e descrever os sentimentos); Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e as entrevistas preliminares (perspectiva psicanalítica). Todas as entrevistas foram gravadas e transcritas. Foi utilizada a análise do discurso e as categorias organizadas de acordo com a semelhança, além da análise quantitativa. Resultados: A caracterização sociodemográfica e clínica dos 61 participantes do estudo foram: idade média de 50,67 ±13,12 anos, 57,38% do gênero feminino, 59,02% com ensino fundamental, 61,67% com companheiro, 39,34% a doença como a causa da dor, 57,38% apresentaram problemas físicos como as principais mudanças, após a dor e 68,85% tiveram atitude positiva em relação à dor. O escore médio do Pain Detect foi de 22,72 pontos, que mostra resultado positivo para a dor. Não houve associações da dor com as variáveis: gênero (P=0,108), estado conjugal (P=0,855), escolaridade (P=0,881), causa da dor (P=0,984) e mudanças, após a dor (P=0,420). Houve diferenças significativas nos escores da dor com a faixa etária (P=0,049) e a forma como os pacientes lidam com a dor (P=0,007). O enfrentamento com a aplicação do EMEP obteve os maiores escores nas práticas religiosas, suporte social e focalização no problema. Evidenciou que os pacientes estudados eram alexitímicos, com dificuldades em expressar suas emoções, sentimentos e sensações corporais. Da análise qualitativa do enfrentamento emergiram duas categorias: práticas religiosas e alexitimia. Conclusões: Os resultados quantitativos permitiram concluir que as estratégias de enfrentamento dos pacientes com dor crônica neuropática foram nas práticas religiosas, suporte social e focalização no problema e houve diferença estatisticamente significativa com relação à faixa etária e a forma como os pacientes lidam com a dor. Os resultados na análise qualitativa propiciaram a conscientização da relação direta da dor com a mente na perspectiva psicanalítica. Ao compreendermos a relação da dor com a psique observa-se a necessidade de melhor preparo dos profissionais da saúde para a sua prática clínica. Neste estudo observou-se que a perspectiva psicanalítica é uma das alternativas para o enfrentamento da dor crônica neuropática e melhora da qualidade de vida.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }