@MASTERSTHESIS{ 2019:1005577180, title = {Fatores demográficos e clínicos associados à sífilis congênita e gestacional no Noroeste Paulista}, year = {2019}, doi = "1467", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/596", abstract = "Gestantes constituem um grupo com alta vulnerabilidade para a sífilis, acarretando aumento da incidência de sífilis congênita, sendo que a sífilis é considerada um problema desaúde pública. Objetivos: Este estudo teve como objetivos caracterizar o perfil epidemiológico da sífilis em gestante e congênita notificadas em um município do noroeste paulista no período de 2015 a 2017, e analisar a prevalência dos casos de sífilis congênita e em gestantes, associando os fatores demográficos e clínicos de um Grupo de Vigilância Epidemiológicado Noroeste Paulista no períodode 2013 a 2017. Casuística e Métodos: Estudo descritivo exploratório realizado com os bancos de dados do Sistema Único de Saúde: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN - sífilis em gestantes e sífilis congênita) e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc) de Santa Fé do Sul e de um Grupo de Vigilância Epidemiológica de Jales, que consistem de informações demográficas e clínicas preenchidas por profissionais de saúde. A amostra no município de Santa Fé do Sul estudada foi de 32 gestantes diagnosticadas com sífilis, com idade entre 18 e 45 anos e seis recém-nascidos diagnosticados com sífilis congênita no período 2015 a 2017. Foram analisados 153 casos de gestantes com sífilis e 55 casos de sífilis congênita notificados no Grupo de Vigilância Epidemiológica de Jales, noperíodo de 2013 a 2017. Para a análise estatística utilizou-se o Software Minitab 17 e foi aplicado o teste estatístico qui-quadrado para observar no período estudado as associações entre os casos de sífilis gestacional e congênita e as variáveis demográficas e clínicas e as possíveis associações entre os casos de sífilis congênita e os sintomas avaliados nos recém-nascidos. Resultados: O perfil sociodemográfico das gestantes do município com sífilis foi de mulheres jovens, com nenhum ou algum grau de escolaridade e a incidência de sífilis congênita foi de 5,36casos/1.000 nascidos vivos no período estudado e apesar da alta incidência, não houve caso fatal da doença. O número de casos absolutos de sífilis em gestante no Grupo Epidemiológico do Noroeste Paulistaestudado no período de 2013 a 2017aumentou do ano de 2013 (13 casos) a 2017 (43 casos), atingindo um máximo em 2016 com 44 casos (28,8%). Em 2013, a ocorrência de sífilis em gestante foi preponderante em pacientes com faixa etária de 15 a 24 anos (11 casos; 84,6%), sendo que esse percentual diminuiu até o ano de 2016 (16 casos; 36,4%), tornando a aumentar no ano de 2017 (25 casos; 58,1%). Em 2013, não havia casos de sífilis gestacional, atingindo um valor máximo de 19 casos (43,2%) no ano de 2016. Houve um aumento significativo dos casos de sífilis primária de 2013 a 2015, com considerável redução até 2017; os casos de sífilis latente aumentaram de forma consistente até 2017, atingindo 18 casos (41,8%). A maioria das gestantes realizou o teste treponêmico (86,0%) e o não treponêmico (90,7%). De acordo com as características da assistência pré-natal analisadas, verificamos que das 153 gestantes diagnosticadas com sífilis, somente 54 gestantes (35,3%) realizaram o número mínimo de consultas pré-natais. O número de parceiros tratados (62,8%) foi superior ao de parceiros não tratados (27,9%) em todo o período estudado, sendo que o número de parceiros não tratados e ignorados foi maiordos parceiros tratados. As cidades com maior número de diagnóstico de sífilis em gestantes foram Fernandópolis e Santa Fé do Sul. Com relação à Sífilis Congênita, foi identificado um número expressivo de casos, atingindo um total de 55 casos, sendo 28 do sexo masculino e 27 do feminino. No ano de 2016 ocorreram 15 casos (27,3%) e observaram que três recém-nascidos eram sintomáticos e os demais apresentaram-se na forma assintomática da doença. Em relação ao teste de líquor, três apresentaram resultados reagentes, dois no ano de 2016 e um no ano de 2017. Em relação à avaliação radiológica de ossos longos 31 recém-nascidos foram submetidos a este exame e quatro deles apresentaram alterações ósseas. Quanto ao tratamento, quatrorecém-nascidos receberam Penicilina Procaína, pois ocorreu a presença de alterações clínicas e/ou imunológicas e/ou radiológicas e/ou hematológicas, e 28 deles fizeram tratamento com Penicilina G Cristal. Dos 55 casos notificados, 14 receberam outro tipo de tratamento, dos quais não foram descritos ou identificados no sistema de notificação, dois recém-nascidos não realizaram tratamento e outros dois os tratamentos foram ignorados. As cidades que tiveram o maior percentual de casos de sífilis congênita foram Fernandópolis e Jales. Conclusão: O perfil sóciodemográfico das gestantes com sífilis em Santa Fe do Sul foi de mulheres jovens, com baixa escolaridade e houve umaumento considerável de casos de sífilisno período investigado tanto no município como no Grupo de Vigilância Epidemiológico do Noroeste Paulista. A média de incidência de sífilis gestacional foi de 10,37casos/1.000 nascidos vivos e a congênita foi de 3,73casos/1.000nascidos vivos, no período de 2013 a 2017. A ocorrência de sífilis em gestante foi preponderante em pacientes com idade de 15 a 24 anos, com um aumento significativo dos casos de sífilis primária e latente com presença de associações significativas entre os anos avaliados com a classificação clínica e a faixa etária das mulheres com sífilis gestacional. Não houve associações significativas entre as demais variáveis demográficas e clínicas dos casos de sífilis em gestantes. Todas variáveis demográficas e clínicas foram semelhantes na sífilis congênita. Os resultados deste estudo demostram que ainda há muito que evoluir para o alcance da meta da OMS de eliminação da sífilis como problema de saúde pública e que necessita de ações estratégicas urgentes para o controle da sífilis em gestantes e congênita no noroeste paulista.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }