@MASTERSTHESIS{ 2017:899230325, title = {Efeitos de uma intervenção psicanalítica em pais de crianças com diagnóstico de transtorno do espectro autista}, year = {2017}, doi = "1371", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/459", abstract = "O Transtorno do Espectro Autista, na metapsicologia psicanalítica, é compreendido por meio de sua negatividade, do que não foi possível estruturar no sujeito. O primeiro tempo lógico da constituição é o Estádio do Espelho, possível por intermédio dos agentes externos cumpridores da função materna e paterna, que, ao exercerem seu papel, colocam em ação as operações de alienação e separação. No caso do TEA há uma impossibilidade quanto à alienação, pois o movimento que falha é a incidência do imaginário no real, o investimento imaginário do Outro no bebê é truncado. Como escreve Jerusalinsky (1999, p. 139): “as crianças autistas ficam tomadas no real do objeto”. E, conforme Mannoni (1923/1989), a dinâmica pai-mãe-filho está posta muito antes do nascimento do bebê, sendo fundamental abarcar os pais ao tratamento dos filhos, pois esses ressoam os conflitos inconscientes dos pais. Objetivo: Analisar os efeitos de uma intervenção psicanalítica com pais de crianças com TEA, buscando compreender e analisar a posição discursiva desses pais. Método: Estudo longitudinal, de caráter misto (quantitativo e qualitativo), realizado no ambulatório de especialidades de um hospital escola. Participaram 7 pais de crianças com o diagnóstico de TEA, de ambos os sexos. O delinear da pesquisa correspondeu à avaliação pré-intervenção realizada através do preenchimento dos instrumentos: Ficha sobre dados sócio-demográficos e percepção da sintomatologia do TEA, Escala de avaliação para autismo infantil, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp, Escala de qualidade de vida, Escala de Auto-eficácia e Escala de Sobrecarga do Cuidador de Zarit. A intervenção sucedeu por meio de um grupo de escuta, que aconteceu em 8 encontros com duração de 90 minutos. O encerramento desse procedimento aconteceu por meio da reaplicação dos instrumentos com os pais. Resultados: Obteve-se que 71,4% dos participantes eram mulheres, com média de idade de 38 anos, 85,7% casados, 57,1% com o ensino médio completo e 42,9% inativos, que não atuavam em nenhum tipo de trabalho remunerado. Por meio dos pontos nodais analisados, localizou-se no discurso dos pais o nó discursivo estagnado no significante autista, pois os pais não conseguiam ver em seus filhos nada para além dos sintomas, estando os filhos marcados pela impossibilidade. As intervenções foram efetuadas por meio do resgate do olhar para essas crianças a partir de giros discursivos. Os resultados quanto ao estresse revelaram diminuição das médias da fase do estresse e dos sintomas físicos e psicológicos, porém não houve significância estatística relativa no que tange à escala de auto-eficácia. Já em relação à qualidade de vida, houve significância com a comparação no domínio psicológico e ambiental. Os pais, antes da intervenção, apresentaram sobrecarga intensa e ligeira, após 43% dos pais passaram a não apresentar sobrecarga. Conclusões: Todo o processo de busca por um diagnóstico e tratamentos gera uma demanda nesses pais por um saber especializado sobre a infância, porém isso pode gerar um aprisionamento ao discurso do mestre. O Grupo de Escuta trouxe a possibilidade de proporcionar saídas simbólicas para essas crianças através de sua posição no imaginário dos pais.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia::2588426296948062698::500}, note = {Faculdade 2::Departamento 3::2806819863218485658::500} }