@PHDTHESIS{ 2016:2025945476, title = {Caracterização e fatores preditivos no traumatismo raquimedular}, year = {2016}, doi = "1283", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/406", abstract = "O traumatismo raquimedular (TRM) ocasiona prejuízos na qualidade de vida e gastos aos sistemas de saúde. Nos últimos anos, com a inversão da pirâmide etária, há alta prevalência de TRM em idosos. Além disso, a lesão associada ao TRM mais apresentada é o Traumatismo Cranioencefálico (TCE). O direcionamento do tratamento depende de inúmeros fatores, sendo determinante para a presença de morbimortalidade. Neste contexto, estes fatores precisam ser explorados para haver investimentos na prevenção e terapêutica destes pacientes. Objetivos: Identificar as características e aspectos clínicos de pacientes com traumatismo raquimedular, especificamente: idosos; indivíduos com TRM associado ao TCE; e sujeitos submetidos à cirurgia. Métodos: Estudo retrospectivo, sendo previamente selecionados 321 pacientes com TRM. As variáveis clínicas e sócio-demográficas foram coletadas e analisadas. Os pacientes foram caracterizados e analisados os fatores preditores de morbimortalidade em idosos (≥60 anos) (n=62), sujeitos que sofreram TCE associado ao TRM (n=52), e em pacientes submetidos a tratamento cirúrgico (n=211). Resultados: Durante a análise entre os diferentes sexos, observou-se que mulheres apresentam fratura compressão associada à região de transição toracolombar; homens apresentam listese mais relacionada com lesões na cervical e aumento no número de complicações; a necessidade de intervenção cirúrgica é maior em homens. Durante a comparação entre idosos e indivíduos jovens (<60 anos; n=259), observou-se que os diagnósticos morfológicos, fratura compressão e fratura luxação, são mais associados com idade ≥60 e <60, respectivamente; idosos após TRM tiveram maior associação com instabilidade hemodinâmica tardia. Com relação aos pacientes que sofreram TRM associado à TCE, o sexo masculino (85%), a faixa etária entre 21-30 anos (25%), o estado civil de união estável (56%), o baixo nível de escolaridade (69%). O acidente automobilístico (58%) foi a principal etiologia. O segmento cervical teve maior risco de lesão (RR=3,48, IC: 1,856-6,526; p<0,0001). O estado neurológico ASIA-E (52%), o quadro sindrômico de cervicalgia (35%) e o índice de TCE leve (65%) foram os mais frequentes. As complicações atingiram 13 pacientes, sendo pneumonia a de maior frequência (62%). O tempo de internação foi significativamente maior nos pacientes com TCE (20±28 dias), e 17% dos pacientes foram a óbito. Os homens (RR=2,513, IC: 1,777-3,554; p=0,028) e indivíduos expostos a acidentes com veículo automotor (RR=1,91, IC: 1,00-1,579; p=0,022) apresentaram maior risco de sofrer essas lesões concomitantemente. Além disso, esses pacientes apresentaram 2,48 (IC: 1,372-4,477; p<0,01) mais risco de morte que vítimas de TRM isolado. Por fim, com relação à escolha do tratamento, a queda e lesões nas regiões cervical superior e lombosacral foram associadas com tratamento conservador. Pacientes com lesões nas regiões cervical inferior, pior status neurológico e lesões instáveis foram associados com cirurgia. Complicações no pós-operatório ocorreram principalmente em pacientes que realizaram cirurgia, sendo pneumonia a mais frequente, visto que os pacientes que são submetidos a este tipo de intervenção é porque apresentam um pior quadro clínico na admissão. Posteriormente, durante a análise para verificar se a idade influenciava as características dos pacientes submetidos à cirurgia, observou-se que sujeitos com <60 anos foram associados com acidente motociclístico e com o diagnóstico morfológico de lesão: lístese. Subsequentemente, nós analisamos a influência do sexo sobre as características destes pacientes. Mulheres que sofreram acidente automobilístico foram associadas à cirurgia. Mulheres foram associadas com paraparesia e diagnóstico morfológico: fratura explosão, principalmente nas regiões de transição tóraco-lombar e lombo-sacral. Homens que apresentaram TCE e trauma torácico foram relacionados à cirurgia. Estes indivíduos tiveram um pior status neurológico e foram associados à complicação. Homens e a região cervical foram mais afetados, assim, estes pacientes foram analisados isoladamente (n=92). A presença de complicações aumenta a permanência hospitalar. Pacientes com diagnósticos morfológicos em multiníveis vertebrais e com pior status neurológico apresentaram mais complicações. A mortalidade foi maior nos casos clínicos com Pneumonia e traumatismo torácico. Conclusão: Existem fatores clínicos e demográficos específicos em idosos; assim como em pacientes que sofreram TRM associado ao TCE; e em indivíduos submetidos ao tratamento cirúrgico. O conhecimento destes fatores possibilitam investimentos em prevenção, reabilitação e tratamento, visando reduzir a morbimortalidade, prejuízos na qualidade de vida e gastos com os serviços hospitalares.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde::-6954410853678806574::500}, note = {Faculdade 1::Departamento 1::306626487509624506::500} }