@PHDTHESIS{ 2012:1981159176, title = {Diagnóstico do dano físico e social após a alta medicamentosa das pessoas que tiveram hanseníase}, year = {2012}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/146", abstract = "Introdução: A hanseníase é uma doença crônica, infecto-contagiosa, insidiosa, tratável e crônica que provoca afecções dermatoneurológicas. As complicações decorrentes do comprometimento neurológico provocam seqüelas que freqüentemente atingem olhos, nariz, mãos e pés e se não tratados precocemente, evolui para deficiências físicas, por vezes irreversíveis e funcionalmente desastrosas para o indivíduo. No Brasil, o coeficiente de deficiências físicas graves e visíveis (Grau 2) no diagnóstico é considerado alto (≥ 10%) pelo Ministério da Saúde. O tratamento medicamentoso que elimina o bacilo, não garante o fim da progressão das deficiências. Assim, ex-pacientes com deficiências físicas graves ou leves devem permanecer sob os cuidados da equipe de reabilitação. Objetivo: Avaliar deficiências físicas, participação social e limitação de atividades em indivíduos afetados pela hanseníase após o término do tratamento medicamentoso com a poliquimioterapia, descrever sua relação com as características sociodemográficas desses indivíduos e estimar as distâncias entre suas residências e serviços de reabilitação do município. Casuística e Métodos: Estudo descritivo transversal que incluiu todas as pessoas acometidas pela hanseníase, residentes e tratadas em São José do Rio Preto-SP no período de 1998 a 2006. Aplicou-se protocolo próprio para obtenção de dados gerais e clínicos. As deficiências físicas foram medidas pelo Grau de Incapacidades da OMS (GI) e pelo Eyes-Hand-Feet (EHF). Aplicou-se a escala Screening of Activity Limitation and Safety Awareness (SALSA) e a escala de Participação (EP) versão 4.6, para medir a participação social. Resultados: Das 335 pessoas tratadas no período, foram localizadas e avaliadas 223 (66,6%). Destes, 51,6% eram do gênero feminino, com idade média de 54 anos (dp15,7), 66,4% tinham até 6 anos de estudo, 43,5% trabalhavam e 26,9% estavam aposentados, a forma dimorfa (39,9%) predominou. A saúde física e mental foi considerada boa no último mês por 50,2% e 59,2%, respectivamente. Dores foram relatadas por 54,7% dos entrevistados; 54,3% sofrem de alguma doença. As deficiências físicas ocorreram em 32% e a limitação de atividades avaliada pela escala SALSA em 57,8% dos participantes. A restrição social ocorreu em 35,4% dos ex-pacientes. A presença de deficiências físicas foi maior com aumento da idade, em casos multibacilares e com julgamento ruim sobre sua saúde física. Os que necessitam de prevenção/reabilitação percorreram distancia média de 5,5 km até o serviço de reabilitação. Houve associação significante da restrição social com renda familiar menor que 3 salários mínimos; doenças associadas; hospitalização no último ano e presença de deficiência física. Houve associação entre limitação de atividades e gênero feminino, renda familiar ≤ que 3 salários mínimos, relato de lesão significante, dores, doenças associadas e presença de deficiência física. Conclusões: As deficiências foram frequentes e associaram-se a aumento da idade, formas multibacilares e julgamento ruim sobre sua própria saúde física. A restrição social foi frequente e influencida pela presença de deficiências, outras doenças associadas, hospitalização recente e baixa renda. A limitação de atividades foi mais frequente que as deficiências físicas, associou-se aos fatores de baixa renda, gênero feminino, presença de lesão, deficiência física, doenças e dores. Os serviços de reabilitação no município estão distantes das residências dos pacientes.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde::123123::600}, note = {Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas::123123::600} }