@PHDTHESIS{ 2024:876228505, title = {Perfil clínico-epidemiológico, fatores de risco e qualidade de vida de pacientes com disfunção das glândulas de Meibomius}, year = {2024}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/877", abstract = "Introdução: Disfunção da glândula meibomiana (DGM) é anormalidade crônica caracterizada por obstrução do ducto terminal e/ou alterações qualitativas e quantitativas na secreção glandular. Objetivo: Investigar perfil clínico-epidemiológico, fatores de risco e qualidade de vida de pacientes com DGM. Casuística e Método: Prospectivamente, foram estudados 108 pacientes com DGM. Foram analisadas variáveis demográficas (sexo, idade e grau de escolaridade) e clínicas (antecedentes cardiovasculares, dermatológicos, reumatológicos e ginecológicos, histórico de doença cardiovascular). Sintomas de olho seco foram analisados por meio do questionário Ocular Surface Disease Index (OSDI). Também analisadas alterações palpebrais como margem, vascularização, cílios, junção mucocutânea e orifícios da glândula de Meibomius (GM). Função secretora foi estudada por meio da expressividade e qualidade de sua secreção. Propedêutica de olho seco incluiu quantificação do piscar e do intervalo do piscar, medida do menisco lacrimal inferior, TBUT, coloração da fluoresceína e teste de Schirmer. Exames laboratoriais incluíram glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HG), colesterol total (CT), colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL-c) e triglicérides (TG). Qualidade de vida foi analisada mediante aplicação do questionário OSDI. Resultados: Dentre os 108 pacientes estudados; a média de idade foi 53,6 ± 17,9 anos, maioria do sexo feminino (69,4%), ensino superior (70,4%), antecedentes ginecológicos (82,7%), dermatológicos (16,7%), reumatológicos (13,9%), cardiovasculares (46,3%) e histórico de doença cardiovascular (80,6%). Sintomas eram leves (28,7%) ou moderados (38%); prurido e/ou desconforto mais frequentes (63,9%). A maioria dos pacientes tinha margem palpebral espessada grau leve (44,4%), vascularização E2 (36,2%), cílios com crostas e oleosidade (61,1%), orifícios com obstrução leve (30,6%), junção mucocutânea posterior (74,1%) e todas as glândulas funcionantes (50,9%). Altura média do menisco foi 0,3 ± 0,1 mm, 53,7% dos pacientes não coram em fluoresceína e 48,1% dos pacientes apresentaram 15/15 no teste de Schirmer. Gravidade clínica dos pacientes foi leve (34,3%), moderada (34,3%) e grave (31,4%). Em 11,3% e 19,6% dos pacientes níveis de glicemia e HG, respectivamente, estão elevados; em 34,7%, 33,3%, 27,8% e 28,9% deles os valores estavam elevados para CT, HDL-c, LDL-c e TG, respectivamente. Houve associação entre gravidade clínica e antecedentes ginecológicos (P=0,001), cardiovasculares (P=0,006) e qualidade de vida (P<0,001). Conclusões: DGM prevalece em pacientes do sexo feminino e na quinta década de vida. Prurido e desconforto ocular com intensidade moderada são sintomas mais frequentes. Margem palpebral levemente espessada, aumento moderado da vascularização, cílios com crostas e oleosidade, orifícios com obstrução leve ou normais, e na junção mucocutânea posterior são mais frequentes. A maioria dos pacientes apresentou todas GM funcionantes, secreção fluida clara e indícios de olho seco evaporativo. Níveis séricos de glicemia, HG, CT, HDL, LDL e TG podem mostrarse alterados em pacientes com DGM. A maioria deles apresentou pior qualidade de vida. Sexo está associado com qualidade de vida e HDL-c. Pacientes com antecedentes dermatológicos, ginecológicos, cardiovasculares, alterações morfológicas, glicemia, HG, CT e qualidade de vida apresentaram associação com idade. Houve associação entre gravidade clínica e antecedentes ginecológicos, cardiovasculares e qualidade de vida.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }