@MASTERSTHESIS{ 2024:4487587, title = {Reabilitação cardiovascular domiciliar para paciente idoso frágil após evento cardíaco agudo}, year = {2024}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/855", abstract = "Introdução: O envelhecimento populacional e a alta prevalência de doenças cardiovasculares demandam ações preventivas em todos os níveis de atenção à saúde. A reabilitação cardíaca é essencial para melhorar o bem-estar físico e psicológico de pacientes com essas condições, destacando-se a modalidade domiciliar por sua acessibilidade e equidade. Objetivos: Este estudo buscou investigar se um programa de Reabilitação Cardiovascular Domiciliar (RCVD), instituído logo após eventos cardiológicos agudos, era capaz de reduzir o desfecho primário composto por óbito e hospitalização por insuficiência cardíaca ou síndrome coronária aguda. Dentre os desfechos secundários, avaliar a sua aplicabilidade, além da independência funcional e qualidade de vida dos pacientes aderentes ao programa. Casuística e Métodos: Este ensaio clínico pragmático considerou idosos frágeis ou pré-frágeis hospitalizados por síndrome coronária aguda ou insuficiência cardíaca descompensada entre dezembro de 2021 e maio de 2023. Após estabilidade clínica e alta hospitalar, aqueles que aceitaram participar do estudo foram incluídos em uma fase de run-in, visando identificar indivíduos fisicamente ativos. Os pacientes aderentes à proposta do estudo foram então submetidos a um programa de RCVD que considerou condicionamento físico de intensidade moderada, por no mínimo 150 minutos semanais, durante 6 meses. Durante o seguimento, receberam vídeos com orientações de atividades físicas e participaram de sessões síncronas, quando foram virtualmente supervisionados pela equipe durante a realização dos exercícios físicos. O grupo controle foi constituído por pacientes pareados por sexo e idade, que se recusaram a participar do programa de RCVD, mas que receberam todas as recomendações para a prática de atividade física durante o seu seguimento clínico. A análise intragrupos utilizou testes de Wilcoxon e McNemar, enquanto a intergrupos envolveu teste t ou teste exato de Fisher. Valores P < 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: A casuística do estudo considerou 35 indivíduos [69% homens e mediana de idade de 71 (68 – 76) anos], sendo 23 participantes da RCVD e 12 controles. A intervenção proposta pelo programa de RCVD não conferiu redução do desfecho primário composto por óbito e hospitalização por eventos cardiovasculares agudos, embora não tenha sido associada a qualquer complicação clínica significativa. Por outro lado, entre T0 e T6, o grupo submetido à RCVD demonstrou um aumento significativo na distância percorrida no teste de caminhada (P = 0,001), uma melhor performance no teste Timed Up and Go (P = 0,005) e melhoria percepção de seu estado geral de saúde no SF- 36 (P = 0,014). Além disso, constatamos uma significativa redução de seus índices de fragilidade (P = 0,027), também capturada pela Escala de Edmonton (P < 0,001) refletindo melhorias no campo da cognição (P = 0,009), independência funcional (P = 0,004), nutrição (P = 0,008) e no teste Timed Up and Go (P = 0,025). Conclusões: O programa de RCVD não reduziu óbitos ou hospitalizações, porém demonstrou-se seguro e promissor na redução da síndrome de fragilidade e na promoção de maior autonomia em idosos.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }