@MASTERSTHESIS{ 2022:652862618, title = {Fatores associados à falha de extubação orotraqueal de pacientes na unidade de terapia intensiva}, year = {2022}, doi = "1643", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/755", abstract = "Investigar os múltiplos fatores clínicos já recomendados pela literatura, como controle hemogasométrico, tempo de VMI, balanço hídrico, nível de criticidade, eficácia de tosse e presença de secreção pulmonar, que estariam mais fortemente associados à falha de extubação. Método: Estudo de caso-controle não pareado, longitudinal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, realizado em um hospital de ensino, de porte especial do noroeste paulista. De 1703 pacientes sob ventilação mecânica invasiva, a amostra foi de 480, de ambos os sexos, em ventilação por mais de 24 horas, extubados de forma planejada, respeitando o protocolo institucional baseado nas Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica, entre janeiro de 2019 a dezembro de 2020. A coleta de dados foi por análise de prontuário eletrônico de parâmetros clínicos específicos para o desmame ventilatório e extubação: pressão parcial de oxigênio, pressão parcial de gás carbônico, hemoglobina, dias de ventilação mecânica anteriores à extubação, balanço hídrico, Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II), Sequential organ failure assessment score (SOFA), quantidade de secreção pulmonar e efetividade da tosse. Foi realizada análise estatística comparativa (Teste de Fisher e Mann-Whitney) e regressão logística por meio do programa StatsDirect 3.3.5. Resultados: De 480 pacientes, 415 (86,5%) tiveram sucesso 48 horas após a extubação e 65 (13,5%) falharam, corroborando com taxa encontrada na literatura mundial. Do grupo controle, que tiveram sucesso, a média de idade foi de 55,1 (±17,1) e o resultado das variáveis foram: tempo de intubação orotraqueal antes do procedimento de extubação de quatro dias (2-5), PaO2 de 110,1 (91- 137), PaCO2 de 37,4 (32,5-42), hemoglobina de 10 (±2,1) g/dL, balanço hídrico positivo de 397 (-653-1654,5) ml, APACHE II em 20 (14-25) pontos, tosse fraca em 58 (13,9%). Do grupo de estudo, que foram reintubados, a média de idade foi 55,9 anos (±17,7) e o resultado das variáveis foram: dias de intubação orotraqueal antes do procedimento de 5 (3-5), PaO2 de 101,4(79-127), PaCO2 39,2 (34-46), hemoglobina de 9,7(±1,7)g/dL, balanço hídrico positivo de 1150 (144-3025) ml, APACHE II em 23 (19-29) pontos , tosse fraca em 31 (47,7 %) com presença de secreção pulmonar abundante em 47,7 %. A análise de regressão logística indicou as seguintes associações com a necessidade de reintubação: balanço hídrico positivo (OR, 1000169; IC95% 1,000061 a 1,000277) e tosse ineficaz (OR, 6588996; IC95% 3,566588 a 12,172661). Conclusões: Dos fatores associados à maior taxa de falhas na extubação orotraqueal, foram significantes o balanço hídrico positivo e a presença de tosse ineficiente ou incapacidade de higienizar a via aérea, sugerindo que esses fatores devem ser avaliados no processo de desmame e levados em consideração pela equipe multiprofissional para a tomada de decisão sobre extubar o paciente crítico na UTI. Além disso, o período de intubação orotraqueal superior a cinco dias, APACHE II com escore superior a 23 e a quantidade abundante de secreção brônquica devem ser considerados. A implicação para a prática clínica foi confirmar a importância da utilização do protocolo de extubação segura e apontar os parâmetros que servem de preditores para falhas, propiciando maior segurança ao paciente na UTI.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Enfermagem}, note = {Faculdade 1::Departamento 2} }