@MASTERSTHESIS{ 2020:234756641, title = {Perfil da encefalopatia pela cefepima em hospital terciário: padrão sócio-clínico e correlação eletroencefalográfica}, year = {2020}, doi = "1556", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/675", abstract = "A Cefepima é um antibiótico amplamente utilizado no ambiente intra-hospitalar no contexto de infecções graves. Todavia, seu uso pode cursar com encefalopatia, que se apresenta de modo variado clinicamente, sendo o eletroencefalograma (EEG) ferramenta fundamental para o seu diagnóstico. Objetivos: Estabelecer o padrão sócio-clínico da encefalopatia pela Cefepima e sua correlação eletroencefalográfica em um hospital terciário. Material e Métodos: Foram analisados 41 prontuários de pacientes que tiveram diagnóstico de encefalopatia pela Cefepima com diagnóstico possível e provável conforme os critérios estabelecidos por Naranjo et al, sendo avaliados: perfil sócio-econômico, indicação do uso da Cefepima, tempo de início dos sintomas, manifestações clínicas encontradas, função renal e achados eletroencefalográficos, bem como, o desfecho clínico e a correlação entre essas variáveis. Resultados: A indicação da Cefepima clinicamente foi, sobretudo, para o tratamento de pneumonia (65,9%), seguido de infecção do trato urinário (12,2%), neutropenia febril (9,8%), infecção intra-abdominal (2,4%), infecção de partes moles (4,8%) infecção por corrente sanguínea (4,8%), A média de tempo para início dos sintomas foi de 5,34±2,86 dias, sendo que, clinicamente notou-se: rebaixamento do nível de consciência em 80,5% dos pacientes, manifestações epilépticas em 12,2% dos pacientes e sintomas de agitação em 7,3% dos pacientes, não havendo correlação entre a indicação da Cefepima e o quadro clínico . A dose média da Cefepima foi de 4,14±1,81 e encontrou-se uma taxa de 36,6% de pacientes com dose não corrigida conforme a função renal. Todos os traçados eletroencefalográficos na vigência da encefalopatia pela Cefepima tiveram a presença de descargas periódicas generalizadas (GPD), sendo que 70,7% dos exames fecharam critérios para estado de mal não convulsivo. Verificou-se que com a retirada da Cefepima, 85,3% dos pacientes obtiveram melhora clínica, sendo que desses 48,8% tiveram desfecho favorável e 36,5% tiveram desfecho desfavorável, evoluindo ao óbito. Conclusão: Por meio desse estudo verifica-se que a encefalopatia pela Cefepima é uma manifestação clínica que deve ser pensada entre os pacientes em uso desse antibiótico. Apresenta-se sob um amplo espectro de manifestação, sendo o EEG ferramenta indispensável para o diagnóstico. Sua identificação e tratamento têm impacto positivo no desfecho clínico dos pacientes.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }