@PHDTHESIS{ 2019:1996031099, title = {Determinantes prognósticas de mortalidade geral em pacientes com a Doença de Chagas crônica na era contemporânea}, year = {2019}, doi = "1519", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/633", abstract = "A Doença de Chagas é considerada um sério problema de saúde pública nas áreas endêmicas da América Latina, representando uma das maiores causas de insuficiência cardíaca e morte súbita. A Organização Mundial da Saúde estima em aproximadamente 6 a 7 milhões o número de pessoas infectadas em todo o mundo. Objetivo: Determinar as variáveis de predição de mortalidade geral em pacientes com Cardiopatia Chagásica Crônica na era contemporânea. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, longitudinal, prospectivo, em que foram analisados prontuários de pacientes, com diagnóstico de Cardiomiopatia Chagásica Crônica com disfunção sistólica ventricular esquerda e sem disfunção ventricular, acompanhados no Ambulatório de Cardiomiopatia de um Hospital de Ensino do noroeste paulista. A coleta de dados foi feita por meio da análise de 339 prontuários no Serviço de Arquivo Médico e Estatística. Foi utilizado para estabelecer variáveis de predição independentes de mortalidade o modelo de risco proporcional de regressão de Cox, para a análise de sobrevida foi feita pelo método de Kaplan-Meier e a comparação da probabilidade de sobrevida entre os grupos foi realizada com o teste de log-rank. Resultados: Dos 339 prontuários de pacientes com diagnóstico Cardiopatia Chagásica Crônica, 233(68,7%) apresentaram disfunção sistólica ventricular esquerda e 106(31,3%) sem Disfunção Ventricular. A média de idade da população estudada foi 56,17±14,18 anos. O sexo masculino foi predominante 202(59,6%). Na admissão, a média da pressão sistólica foi de 111,08±17,98mmHg e, da diastólica, 72,11±11,73mmHg. A FC foi de 70,16±13,72bpm. Disfunção segmentar foi observada no ecocardiograma em 28,3% dos pacientes. O diâmetro sistólico foi de 47,34±13,49 e, diastólico do VE, 60,47±10,44. A FEVE média foi 43,88±18,45. As medicações mais utilizadas foram Digoxina (52,8%) e Furosemida (62,5%). Morreram 143(42,2%) pacientes. Destes, 136 (95,1%) apresentaram disfunção ventricular. Na análise multivariada, foram variáveis de predição independente de mortalidade: DSVE (RR=1,075; IC 1,058 a 1,092; p= 0,000), FC (RR= 1,019; IC 1,007 a 1,031; p= 0,002) e a FA (RR= 0,600; IC 0,423 a 0,852; p= 0,004). A mediana do seguimento foi de 27 meses no grupo total, sendo o tempo médio de 33,8± 30,6 meses no grupo de Cardiopatia Chagásica Crônica com disfunção ventricular e 45,66±45,1 no grupo sem disfunção. Conclusão: Neste estudo 70% dos pacientes com Cardiopatia Chagásica Crônica apresentaram disfunção sistólica do ventrículo esquerdo de moderada gravidade, acompanhados num centro de referência para o tratamento de cardiomiopatias, e foram tratados com as medicações recomendadas na era contemporânea, a frequência cardíaca, a presença de fibrilação atrial e o diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo foram variáveis de predição independentes de mortalidade geral. Tendo em vista que tais marcadores são potencialmente modificáveis, a identificação precoce dessas variáveis pode alterar o curso clínico de pacientes com cardiopatia chagásica crônica.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }