@MASTERSTHESIS{ 2018:1210165019, title = {Caracterização do perfil sociodemográfico comportamental e rastreamento de sintomas de transtornos mentais em motociclistas acidentados}, year = {2018}, doi = "1436", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/553", abstract = "Acidentes de transporte terrestre são um grave problema de saúde pública. Além das altas taxas de mortalidade, acarretam múltiplas morbidades e custos elevados para o Sistema de Saúde. Anualmente 1,25 milhões de pessoas morrem e 20 a 50 milhões sofrem lesões por acidentes de trânsito (AT). Alguns grupos são especialmente vulneráveis, como os pedestres e os motociclistas, sendo os últimos, as principais vítimas dos AT. Objetivos: Caracterizar o perfil sociodemográfico de motociclistas vítimas de acidentes de trânsito atendidos no Hospital de Base de São José do Rio Preto, SP. Identificar o perfil comportamental, sobretudo no que se refere aos comportamentos desadaptativos e rastrear sintomas de transtornos mentais. Método: Estudo prospectivo de pacientes envolvidos em acidente com motocicleta (condutores) atendidos pelo Serviço de Trauma do Hospital de Base, entre os anos de 2016 e 2017 (amostra de conveniência). Pacientes que atenderam aos critérios de inclusão no período do estudo foram convidados a participar do estudo. Participaram de entrevista e responderam aos instrumentos, enquanto internados. Após 30 dias do acidente, foram solicitados a comparecer para uma nova avaliação com o psicólogo. Resultados: A maioria dos participantes era do sexo masculino, jovem, solteiro, com renda inferior a três salários mínimos e nível de escolaridade até o ensino fundamental. A avaliação apontou que 60% da amostra referiu fazer uso de álcool, sendo que destes, 45% fazem uso de álcool três vezes na semana ou mais. Dos que bebiam, 54% relataram que associavam bebida com direção, 30% dos participantes já haviam se acidentado anteriormente. Quanto às internações, 35% permaneceram por até dois dias, e 65% permaneceram internados por três dias ou mais. Necessitaram de cuidados intensivos e permaneceram na Unidade de Terapia Intensiva, 32,5% dos participantes. O tempo médio de internação foi de 3,57 dias, variando de 01 a 17 dias. Houve predomínio de lesões em extremidades (57%) e região abdominal (35%); 70% da amostra referiu "costurar" entre veículos; 60% relataram conduzir motocicleta no "corredor" entre os carros; 27,5% dos entrevistados referiram conduzir motocicleta após terem ingerido álcool. Excediam o limite de velocidade em via residencial, 27,5% da amostra e 30% relataram exceder a velocidade nas primeiras horas do dia ou tarde da noite; 25% cometeram erros de percepção no trânsito e 12,5% conduziam muito próximo ao veículo à frente. Observou-se presença de indicativos de sintomas depressivos, ansiosos, de personalidade antissocial e déficit de atenção e hiperatividade, bem como, dificuldades em controle de impulso. Conclusão: As características sociodemográficas são compatíveis com a literatura. A associação entre álcool e direção, membros lesionados e os comportamentos de risco na condução de motocicletas também se mostraram semelhantes à literatura. Dados de internação e acidentes prévios foram evidenciados, entretanto, em menor intensidade se comparado a literatura.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }