@MASTERSTHESIS{ 2018:1839994245, title = {Abstinência de álcool e sobrevida na hepatite alcóolica no Hospital de Base de São José do Rio Preto}, year = {2018}, doi = "1431", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/549", abstract = "O alcoolismo é uma síndrome de dependência, com fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de álcool. Dentre os vários efeitos danosos do álcool, a hepatite alcoólica (HA) se configura como uma síndrome de inflamação do fígado em pessoas que consomem quantidades excessivas de etanol com importantes repercussões para o paciente, podendo levar a óbito nos casos mais graves. A abstinência de álcool é considerada indicadora independente de sobrevida a longo prazo. Objetivo: analisar a taxa de abstinência de álcool, bem como as ferramentas de suporte para sua aderência e os fatores associados à sobrevida de pacientes com HA em um hospital escola. Método: análise retrospectiva de prontuários médicos, de todos os pacientes internados com HA em um hospital escola, durante um período de 29 meses (fevereiro de 2011 a junho de 2013). Para tal análise, foram considerados as características demográficas, clínicas e laboratoriais dos pacientes, bem como sua quantificação do abuso de álcool, fatores relacionados à abstinência, data do último acompanhamento clínico ou do óbito. Resultados: dentre as 1105 admissões hospitalares, 100 pacientes foram incluídos no estudo. Gênero masculino (93%) e cor branca (79%). A cirrose hepática esteve presente em 86% da amostra, sendo sua descompensação mais comum a ascite. Os valores medianos dos escores prognósticos aplicados na HA foram: MELD (Model for End Stage Liver Disease) 20 (6 - 40), MELD - Na 24 (6 - 40), Glasgow 8 (5 - 12), ABIC (Age, Bilirrubin, INR and Creatinine) 7,29 (4,40 - 10,53) e média da Função Discriminante de Maddrey (FD) 40 (± 27,3). Infecções ocorreram em 53% dos pacientes. Em relação à abstinência, dados estavam disponíveis em 55 pacientes da amostra estudada, esta ocorreu em 15/55 (27,3%) pacientes. A taxa de óbito geral da amostra foi 64%. Em uma análise univariada, a abstinência alcoólica (P<0,001), FD (P<0,001), Injúria renal aguda (IRA) (P<0,001), MELD (P<0,001), MELD - Na (P<0,001), Glasgow (P<0,001), ABIC (P= 0,001) e infecção (P= 0,004) foram variáveis associadas com sobrevida. Na análise multivariada, somente a abstinência alcoólica (P= 0,006), FD <32 (P= 0,001) e ausência de IRA (P= 0,001) permaneceram preditores independentes de sobrevida. Conclusões: a taxa de abstinência alcoólica após a alta hospitalar foi baixa, sendo a decisão própria do paciente, suporte psicológico e apoio familiar as principais ferramentas associadas à sua aderência. A sobrevida em longo prazo teve como fatores preditores a abstinência de álcool, FD < 32 e a ausência de IRA.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }