@PHDTHESIS{ 2018:1487716184, title = {Fatores de risco de letalidade precoce em pacientes com alta mortalidade em unidade de terapia intensiva com bacteremia por acinetobacter bacmannii resistente a carbapenêmicos}, year = {2018}, doi = "1411", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/540", abstract = "As bacteremias por Acinetobacter baumannii resistentes a carbapenêmicos (RC), em unidades de terapia intensiva (UTI), apresentam uma mortalidade bruta que varia de 30 a 79,8% e atribuída de 58,2%. A letalidade nas primeiras 72 horas pode chegar a 50%. Objetivo: Identificar os fatores risco de letalidade precoce em pacientes com alta mortalidade em unidade de terapia intensiva com bacteremia por Acinetobacter baumannii resistentes a carbapenêmicos. Casuística e Métodos: Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo com um estudo caso controle aninhado, realizado num hospital terciário, com pacientes de UTI que desenvolveram bacteremias por Acinetobacter baumannii RC, no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2014. Para determinar os fatores de risco associados à letalidade foram comparados dois grupos: os que sobreviveram e os que morreram, denominada população 1. Na sequência foram analisados separadamente os pacientes que morreram; população 2, sendo um subgrupo os pacientes que morreram nas primeiras 72 horas, após o isolamento da bactéria, denominados casos e controles os que sobreviveram após 72hs. Foi realizada a análise de sobrevida em 21 dias. Foram avaliados os fatores de risco de letalidade pela análise univariada e sequencialmente realizada a regressão logística. Resultados: Dos 72 pacientes, 57 (79,2%) morreram e 15 (20,8%) sobreviveram. Na população 1, não houve diferença significante em relação às variáveis: sexo, idade, comorbidades, origem das bacteremias, diagnósticos clínicos e tratamento empregado. A única variável estaticamente significante na análise univariada desta população foi APACHEII no momento da hemocultura (P= 0,007). Na regressão logística, foram preditores de mortalidade as doenças cardiovasculares (OR=9,65; IC95%:1,00-93,01; P=0,049) e o APACHEII no momento da coleta da hemocultura (OR=11,24; IC 95%: 1,94-65,04; P=0,006). A sepse com choque séptico foi um fator protetor para grupo sobrevivente (OR=0,12; IC95%:0,02-0,55; P=0,005;). Na população 2, as variáveis significantes pela análise univariada foram: origem indeterminada da bacteremia (P= 0,039), pneumonia (P= 0,045), utilização prévia de polimixina (P=0,001), carbapenêmicos e polimixa prévios (P=0,001), tratamento específico com polimixina (P=0,023), hemodiálise e polimixina (P=0,032), APACHEII no momento da hemocultura (P=0,0016). Na regressão logística, a utilização da polimixina prévia (OR= 0,01; IC 95%:0,00-0,12; P<0,001) e o tratamento específico (OR= 0,03; IC 95%:0,00-0,23; P<0,001) foram fatores que aumentaram a sobrevida e o APACHEII no momento da coleta de hemocultura foi associado a uma maior letalidade (OR= 4,99; IC 95%:1,05-23,66; P=0,042). Conclusão: A mortalidade geral global foi de 79,2%, sendo que a letalidade precoce no terceiro dia foi de 54,4%. A gravidade foi um preditor independente para mortalidade nas duas populações. O choque séptico foi um fator protetor na população 1; acreditamos que o suporte hemodinâmico e avançado de vida nesta população pode ter aumentado a sua sobrevida. O tratamento foi um fator protetor na população 2. Manter o controle rigoroso de antimicrobianos e intensificar as medidas preventivas em unidade de terapia intensiva é prioritário. Estudos avaliando o suporte hemodinâmico e eficácia terapêutica da polimixina nesta população são necessários.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }