@MASTERSTHESIS{ 2017:520960979, title = {Estudo ultrassonográfico pré-natal na gastrosquise: que sinais influenciam no desfecho perinatal?}, year = {2017}, doi = "1421", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/532", abstract = "A gastrosquise é uma malformação congênita caracterizada por defeito de fechamento da parede abdominal anterior, paraumbilical, quase sempre à direita, por meio do qual se exteriorizam órgãos abdominais. Aumento de sua frequência é observado nas últimas décadas. Dentre os fatores de risco estão: idade materna jovem, primiparidade, tabagismo, uso de drogas ilícitas e exposição a alguns medicamentos vasoconstrictores. Os benefícios no diagnóstico pré-natal da gastrosquise estão bem estabelecidos. Incluem preparo e apoio familiar, e planejamento adequado do nascimento por equipe multidisciplinar. A identificação de marcadores ultrassonográficos prénatais dos casos complexos traz vantagens para o aconselhamento dos pais e para a concentração de esforços no sentido de melhorar o suporte aos recém nascidos (RNs). Objetivos: Correlacionar os achados das ultrassonografias pré-natais na gastrosquise com a morbimortalidade perinatal, para avaliar se algum sinal no rastreamento poderia indicar maior gravidade. Caracterizar as gestantes diagnosticadas com gastrosquise atendidas no Centro Interdepartamental de Medicina Fetal (CIMEFE) e os seus RNs intervindos cirurgicamente no período neonatal. Casuística e métodos: Estudo de coorte retrospectivo de 33 casos de gastrosquise diagnosticados no CIMEFE, no período de abril de 2005 a outubro de 2016. Foram avaliados os exames ultrassonográficos pré-natais, além dos prontuários das gestantes e dos RNs. Foi definida como desfecho desfavorável, a presença de pelo menos um dos seguintes fatores: óbito perinatal, sepse, necessidade de reintervenção cirúrgica ou de ressecção intestinal. Resultados: A idade média materna foi de 20,5 anos e 72,7% eram primigestas. O parto ocorreu com idade gestacional média de 35,6 semanas. Os achados descritos na ultrassonografia pré-natal foram: dilatação de alça intestinal extra-abdominal (48,5%); presença de malformações fetais associadas (21,2%); exteriorização da bexiga (15,2%); dilatação de alça intestinal intra-abdominal (12,1%); exteriorização do estômago (12,1%); poli-hidrâmnio (12,1%); oligo-hidrâmnio (9,1%); distensão do estômago (6,1%) e exteriorização do fígado (3,0%). Ao nascimento, 9,1% dos RNs apresentaram alterações intestinais (atresia e/ou isquemia). Óbito intrauterino ocorreu em 3,0% e pós-natal, em 15,1%. O desfecho desfavorável foi observado em 54,5% dos casos. Durante a evolução neonatal, 50% dos RNs apresentaram sepse, 12,5% necessitaram reintervenção cirúrgica e 12,5% ressecção intestinal. A presença de exteriorização ou distensão do estômago e de exteriorização do fígado aumentou em duas vezes o risco de desfecho desfavorável. A exteriorização do fígado aumentou em seis vezes o risco de óbito. Todavia, em razão do pequeno número de casos acometidos, não apresentaram significância estatística. Conclusão: Os achados ultrassonográficos pré-natais como a dilatação do estômago e exteriorização do mesmo e/ou do fígado podem influenciar a predição da evolução perinatal, porém estudos multicêntricos prospectivos são necessários para aprimorar o aconselhamento pré-natal para esta população específica. A amostra do estudo apresentou dados concordantes com a literatura quanto à caracterização das gestantes e dos RNs.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }