@PHDTHESIS{ 2008:450143449, title = {Estudo epidemiológico das vias de transmissão do vírus da hepatite C e resposta ao tratamento segundo a genotipagem}, year = {2008}, doi = "937", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/515", abstract = "O virus da hepatite C (VHC) é considerado um importante problema mundial de saúde pública. A heterogeneidade do genoma viral pode ser relacionada às variabilidades clínicas e patológicas da hepatopatia crônica causada pelo vírus. Os objetivos do presente estudo foram: avaliar fatores de risco associados à transmissão do vírus da hepatite C, descrever as freqüências dos genótipos, identificar algumas das características epidemiológicas e histopatológicas para cada subtipo viral, e descrever os índices de resposta virológica sustentada associados a cada genótipo. Métodos: A genotipagem foi realizada em 136 pacientes com hepatite C crônica. As possíveis vias de contaminação e algumas características clínicas foram avaliadas por um questionário. Sessenta e três do total de pacientes foram submetidos ao tratamento durante o período do estudo. Estes pacientes foram seguidos com coletas de amostras periodicamente durante o tratamento e até completarem 24 semanas após o final do uso da medicação para a avaliação dos índices de resposta virológica sustentada por métodos de biologia molecular (PCR qualitativo). Resultados: O predomínio do genótipo 1 (62,5%) foi claramente demonstrado, seguido de 33,1% do genótipo 3 e 4,4% do genótipo 2. Nenhuma diferença foi observada entre os genótipos em relação: ao sexo, idade, freqüência de antecente transfusional antes do ano de 1992, abuso de álcool e cirrose hepática ao diagnóstico. Um maior número de pacientes infectados pelo genótipo 3 relatou antecedente de uso de drogas injetáveis e/ou inalatórias. Outros fatores de risco foram associados à infecção pelo VHC, como: contato sexual com pessoa considerada de risco para o vírus (valor-p=0,000) e o compartilhamento de objetos de uso pessoal (valor-p=0,000). O tratamento com interferon peguilado associado à ribavirina para os pacientes infectados pelo genótipo 1 proporcionou 61,0% de resposta virológica sustentada, e apenas 31,6% de resposta foi obtida com o interferon alfa convencional indicado para pacientes infectados pelo genótipo 3 (valor-p=0,051). Esta taxa mais baixa de resposta não foi associada a: antecedente de uso de drogas ou transfusão, tempo de infecção, cirrose hepática ou abuso de álcool. Adicionalmente, a recidiva foi mais precoce em pacientes tratados com interferon alfa em comparação aos que receberam interferon peguilado (valor-p = 0,085). Conclusões: A distribuição dos genótipos do VHC neste grupo de pacientes foi semelhante a dos Estados Unidos e de vários países europeus. O risco do uso de drogas parece estar mais associado à transmissão do genótipo 3 do VHC. O contato sexual com pessoa considerada de risco para a hepatite C e o compartilhamento de objetos de uso pessoal foram demonstrados como fatores de risco para a transmissão do vírus. Foi também observada a eficácia do tratamento com interferon peguilado e ribavirina para os pacientes infectados pelo genótipo 1, porém a taxa de resposta virológica sustentada obtida pelos pacientes infectados pelo genótipo 3, que foram tratados com interferon alfa convencional associado à ribavirina, esteve abaixo dos valores apresentados previamente na literatura (31,6% versus 80,0%). A recidiva foi mais precoce nos pacientes tratados com interferon alfa em comparação aos que receberam interferon peguilado.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Faculdade 1::Departamento 1} }