@MASTERSTHESIS{ 2017:27834159, title = {Vivência de transexuais e suas potencialidades humanas}, year = {2017}, doi = "1369", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/495", abstract = "A transexualidade é uma das diversas formas de expressões sexuais atuais. É compreendida como uma não concordância entre o sexo biológico e o gênero pelo qual a pessoa se identifica e gostaria de ser reconhecida socialmente. Objetivo: avaliar atributos de vida de pessoas transexuais de um Serviço de Atendimento Especializado - ambulatório TT de uma cidade do interior do estado de São Paulo, e compreender os significados e sentidos atribuídos por eles à sua vivência trans. Método: o estudo foi realizado através de duas metodologias: a primeira, quantitativa, para avaliar e identificar potencialidades, oriundas da Psicologia Positiva, para a prevenção de possíveis transtornos mentais. Para tal, foram aplicados os seguintes instrumentos: Escala de Satisfação de Vida (ESV), de Afetos Positivos (AP) e Negativos (AN), de Autoestima de Rosenberg, de Autoeficácia Geral, Teste para Avaliar Otimismo (LOT-R), Escala Esperança Cognitiva e de Esperança Disposicional. A segunda, qualitativa na abordagem fenomenológica, cujas entrevistas foram realizadas e mediadas pela seguinte questão: “Como é para você a vivência transexual?”. Os instrumentos foram analisados quantitativamente e para a análise dos relatos, utilizou-se da leitura e re-leitura, discriminação das unidades de significados, elaboração de categoria e identificação das convergências e divergências nos discursos. Resultados: Com base em um delineamento descritivo, participaram 8 transexuais, 4 masculinos (MtF) e 4 femininos (FtM), idade média de 23 anos (± 8,73). Os resultados das escalas indicaram que a maioria dos transexuais apresentaram em seus atributos psicológicos, resultados na média ou acima da média, quando comparados aos sujeitos avaliados para normatização dos instrumentos. Na análise dos depoimentos foram destacadas as categorias: vivências da infância: autopercepção; vivências da escola: bullying; vivências da adolescência: novas descobertas; vivências do corpo: hormonização; vivências familiares: aceitação e discriminação; relações afetivas sexuais; nome social. Na compreensão/interpretação dos relatos evidenciou-se que a infância é demarcada pela dúvida e inclinação ao gênero oposto desde muito pequenos, e que o ambiente escolar se mostra ameaçador, excludente e permeado pelo preconceito, o que contribui vigorosamente para a evasão. A passagem pela adolescência perpassa pela vivência da homossexualidade até o reconhecimento de sua real identidade de gênero, vivenciada pela maioria dos transexuais. Junto ao reconhecimento de sua identidade, acentua-se o desejo de se readequarem corporalmente via hormônios e/ou cirurgia. No âmbito familiar observam-se pessoas que aceitam ou não a condição transexual, e a violência física/verbal que muitos deles sofrem ao assumirem sua identidade de gênero. Por fim, foi destacado o uso do nome social como forma de serem reconhecidos e legitimados enquanto pessoas e respeitados a partir da sua identidade de gênero. Faz-se necessário a realização de mais estudos acerca do tema, sobretudo em relação à ressignificação do conceito patológico e reducionista da transexualidade. Conclusão: embora experienciem várias adversidades em função de sua condição transexual, os colaboradores apresentaram diversos fatores virtuosos e saudáveis, mostrando-se em geral esperançosos, perseverantes e otimistas, além de vivenciar experiências similares, como apontadas na maioria dos discursos.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia::2588426296948062698::500}, note = {Faculdade 2::Departamento 3::2806819863218485658::500} }