@PHDTHESIS{ 2015:228806516, title = {Atividade física e saúde: análise do projeto social de judô}, year = {2015}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/266", abstract = "Introdução: A prática de atividade física e suas relações com a manutenção e promoção da saúde e qualidade de vida são amplamente pesquisadas nas diversas áreas das ciências da saúde. Estudos recentes apontam a prática das artes marciais como recurso para promoção da saúde, gerando simultaneamente questões acerca do seu impacto sobre o funcionamento global das pessoas. A ampla disseminação dessas práticas corporais indica a necessidade de maiores investigações sobre suas características. Desde 1993, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer de São José do Rio Preto (SP) desenvolve o Projeto Social de Judô, com participação de crianças e adolescentes de baixa renda em 16 núcleos no município. Objetivo: investigar o funcionamento psicossocial global de crianças/adolescentes do Projeto Social de Judô “Criança Esporte Carente” de São José do Rio Preto (SP) no período de agosto a dezembro/2011. Casuística/Métodos: após a coleta e análise de dados foram elaborados três artigos. O primeiro sintetizou as publicações sobre o tema entre abril/2004 e abril 2014, nas seguintes bases de dados: Pubmed, Scielo, Bireme, Periódicos Capes, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), e Banco de Dissertações e Teses da PUC, UEL, UNESP, UNICAMP, UNIFESP, UnB e USP, com o objetivo de analisar as relações entre as artes marciais e lutas e a saúde mental de crianças e adolescentes. A busca de artigos foi realizada nas bases de dados relacionadas à saúde e banco de dissertações e teses de universidade brasileiras. Foram selecionados estudos com amostras com indivíduos de 6 a 18 anos e utilizados critérios de inclusão e exclusão (idioma, ano de publicação, faixa etária, tema e repetidos). Foram selecionados 25 artigos. Os resultados inferem associações positivas quando as artes marciais são direcionadas para uma abordagem tradicional, e negativas quando estas estão vinculadas ao esporte de alto rendimento. Entretanto, evidências e estudos longitudinais ainda são necessários para fornecer elementos mais consistentes, que justifiquem sua indicação e prescrição nas áreas de educação e saúde. O objetivo do segundo artigo foi identificar a prevalência de sintomas de depressão em crianças e adolescentes participantes de um Projeto Social de Judô e diferenças relativas ao sexo e faixa etária. Os critérios de inclusão dos participantes foram: consentimento dos participantes e do responsável, ter entre 7 e 17 anos, possuir a matrícula na educação básica e no projeto social de judô. Todos os participantes do projeto nesta faixa etária foram convidados a participar da pesquisa, com índice de recusa estimado em 5%. Os escores obtidos no CDI foram comparados em função do sexo “Masculino” x “Feminino”. Os participantes foram também agrupados em “Mais Novos” (7 a 12 anos) e “Mais Velhos” (13 a 17 anos) e comparados novamente por sexo. A coleta de dados ocorreu no período de Agosto a Dezembro de 2011, com a aprovação pelo Comitê de Ética (CEP/FAMERP, Parecer 138/2011). A amostra foi composta por 904 crianças e adolescentes judocas, 563 do sexo masculino, com idade entre 07 e 17 anos (9,9 ± 2,2), que responderam individualmente ao Inventário de Depressão Infantil (CDI), durante as aulas, nas dependências dos núcleos de judô, com a presença dos pesquisadores e professor(a) responsável pelo núcleo. Os escores com pontuação ≥ 17 pontos foram classificados com “presença de sintomas depressivos”. Os indivíduos do sexo masculino obtiveram médias menores em relação ao feminino, dado similar ao encontrado em estudos nacionais e sem diferenças significantes para faixa etária. O terceiro artigo teve como objetivo analisar o perfil comportamental e emocional de adolescentes participantes de um projeto social de Judô em São José do Rio Preto (São Paulo, Brasil). Os critérios de inclusão foram: consentimento dos participantes e do responsável, ter entre 11 e 18 anos, estar matriculado na educação básica e no projeto social de judô. Todos os participantes do projeto nesta faixa etária foram convidados a participar da pesquisa. A avaliação do perfil comportamental dos participantes foi feita a partir da versão brasileira do “Inventário de Autoavaliação para Adolescentes” (YSR). Trata-se de um instrumento de autorrelato, onde o indivíduo com idade entre 11 e 18 anos fornece uma apreciação global sobre seus próprios comportamentos. No presente estudo, foram analisadas as oito escalas-síndromes e os seis agrupamentos orientados de acordo com o DSM IV, com normas similares ao estudo de validação para a população brasileira. Na análise dos escores, a faixa limítrofe foi agrupada à faixa clínica, buscando minimizar a ocorrência de falsos negativos. Analisou-se também os escores brutos (média e desvio-padrão), comparando-os ao estudo de validação brasileiro. Participaram 308 jovens, 183 meninos e 125 meninas, com idade entre 11 e 18 anos (12,4 ±1,54). Escores na escala de ansiedade e depressão foram significantemente maiores para o sexo feminino (p = 0,0431). Nas escalas orientadas para o DSM-IV, o sexo feminino também apresentou maiores escores de ansiedade (p = 0,0011). O sexo masculino apresentou escores significantemente maiores para violação de regras (p = 0,0020). Na escala orientada para o DSM-IV, problemas de conduta (p = 0,0085) e na escala de externalização (p = 0,0315) foram mais frequentes entre o sexo masculino. Na escala total de problemas emocionais e comportamentais, 34,4% (N = 106) da amostra total apresentou escores médios considerados clínicos. Entre o sexo feminino, 24,8% (N = 31) foram considerados clínicos e entre o masculino 41% (N = 75). Os participantes do projeto obtiveram escores clínicos com menor frequência que os dados da norma brasileira. Sintomas internalizantes (ansiedade e depressão) foram mais frequentes para o sexo feminino e externalizantes (violação de regras e problemas de conduta). Crianças mais novas apresentaram mais queixas e problemas somáticos que as mais velhas. Conclusão: as intervenções em artes marciais para crianças e adolescentes em projetos sociais com artes marciais devem considerar o envolvimento de instrutores, técnicos, professores e profissionais capacitados, avaliar os fatores psicológicos e contextuais, aproximar ao máximo as relações entre participantes, familiares, escolas, agentes sociais e conselhos. Portanto, torna-se imprescindível a compreensão multifatorial das artes marciais relacionadas aos projetos sociais envolvendo crianças e adolescentes, reconhecendo essas variáveis e suas interferências nas futuras pesquisas e oferecer maior qualidade nos programas sociais destinados às famílias de baixa renda.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde::1102159680310750095::500}, note = {Faculdade 1::Departamento 1::306626487509624506::500} }