@PHDTHESIS{ 2003:1233472839, title = {Influência do diabete melito na morbidade e mortalidade da insuficiência renal aguda em unidade de terapia intensiva}, year = {2003}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/20", abstract = "A insuficiência renal aguda pode ser definida como uma redução abrupta e sustentada da taxa de filtração glomerular com conseqüente retenção de produtos nitrogenados. Apesar da evolução terapêutica, a sua mortalidade ainda continua elevada, variando entre 50 e 70%. Em pacientes hospitalizados, a sua incidência está próxima de 5% e, especificamente, em unidades de terapia intensiva, varia entre 10 e 30%. Nas últimas três décadas, as características dos pacientes acometidos de insuficiência renal aguda alteraram-se profundamente. Antes do advento do tratamento dialítico, as principais causas de mortalidade eram a uremia, a hipercalemia e as complicações cardiológicas decorrentes da sobrecarga de volume. Atualmente, são a sepse, a insuficiência cardiopulmonar, drogas nefrotóxicas e complicações pós-transplante renal. Quanto ao prognóstico de insuficiência renal aguda em unidades de terapia intensiva, a disfunção de múltiplos órgãos, a coagulação intravascular disseminada e o diabete melito são condições mórbidas que podem piorar a sua evolução. Devido à alta prevalência de diabete melito na população, o presente trabalho propôs-se avaliar a sua influência na morbidade e mortalidade da insuficiência renal aguda em unidade de terapia intensiva. Para tal, foram estudados, retrospectivamente, 1020 pacientes com insuficiência renal aguda internados na unidade de terapia intensiva do Hospital de Base de São José do Rio Preto, Brasil, no período de janeiro de 1997 a dezembro de 2000, dos quais, 255 (25%) eram diabéticos e 765 (75%) não diabéticos. Foram avaliados dados demográficos, presença de doenças de base, etiologia, tipos, quadro clínico e complicações de insuficiência renal aguda e ainda a presença de síndrome de disfunção de múltiplos órgãos. Entre a população estudada, 64% eram do sexo masculino, 46% tinham mais de 60 anos de idade, e 85% tinham uma ou mais doenças concomitantes. Nota de Resumo A etiologia isquêmica predominou com 53%, e a causa clínica foi o tipo mais freqüente com 57%. As médias e os desvios padrão de apache II e creatinina (mg/dL) foram 20,56,7 e 3,7+2 O respectivamente. A prevalência de coagulação intravascular disseminada, de choque, de insuficiência hepática e respiratória foi 32%, 69%, 15% e 79%, respectivamente. Entre as complicações, observamos a hiperpotassemia em 35%, a acidose em 70%, a sepse em 61%, a hipertensão arterial sistêmica em 14%, os sangramentos em 22%, a disfunção do sistema nervoso central em 44% e a mortalidade em 71%. Foram comparados, entre os diabéticos e os não diabéticos, os dados demográficos, quadro clínico, morbidade e mortalidade de insuficiência renal aguda. A hipercalemia, a acidose, a insuficiência respiratória, a sepse, o choque, a disfunção do sistema nervoso central, a hipervolemia e os sangramentos foram similares em ambos os grupos. A análise de regressão logística não mostrou associação significante entre diabete melito e a mortalidade. A etiologia isquêmica, a presença de três ou mais insuficiências de órgãos, a hiponatremia e a acidose foram de forma significante associadas com a mortalidade de insuficiência renal aguda. Em conclusão, os diabéticos foram mais idosos, menor prevalência de masculinos, menos oligúria, coagulação intravascular disseminada, hiponatremia e falência hepática do que os não diabéticos. O diabete melito não teve influência na mortalidade da insuficiência renal aguda em unidade de terapia intensiva.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas} }