@MASTERSTHESIS{ 2012:1171759923, title = {Caracterização sociodemográfica, psicossocial e clínica de usuários de substâncias psicoativas atendidos em centro de atenção psicossocial álcool e drogas (CAPSad)}, year = {2012}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/159", abstract = "Introdução: Considera-se o uso de substâncias psicoativas um fenômeno complexo, com origens e consequências biológicas, psicológicas e sociais. Objetivos: Descrever, analisar e comparar características sociodemográficas, psicossociais e clínicas apresentadas por uma população com Transtornos por Uso de Substâncias. Casuística e Método: Participou da pesquisa uma amostra de conveniência com 50 pacientes adultos, sexo masculino, atendida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) de uma cidade de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Foram utilizados: Ficha de Identificação, contendo características pessoais e sociodemográficas e Roteiro de Entrevista Semidirigida para pessoas com problemas relacionados ao álcool e/ou outras drogas. Os dados foram analisados por meio de provas da estatística não paramétrica e por análise qualitativa a partir de frequências e porcentagens de categorias de respostas com mesma semântica de enunciados. Resultados: Pode-se destacar uma população adulta (28-37 e 48-58 anos), negróide (62%), sem companheiro(a) (72%), com 5 a 8 anos de estudos (42%), evangélica (44%), natural da região administrativa da cidade alvo do estudo (44,68%), com renda mensal familiar de 3 a 5 salários mínimos (47,73%) e desempregada (59,18%). 68% estavam em tratamento no período de ‗até um mês , principalmente os entrevistados mais jovens da pesquisa (18-37 anos). Houve equilíbrio entre participantes que foram encaminhados ao CAPSad e os que buscaram ajuda por conta própria, sendo os principais motivos: cessar o consumo, problemas psicológicos, emocionais e dependência química. 43,18% sofreram abusos (principalmente físicos) na infância e/ou na adolescência e 74% relataram possuir familiares com problemas de álcool e/ou outras drogas. Uso de substâncias psicoativas foi um fator contribuinte para prejuízos na qualidade dos relacionamentos com família de origem, cônjuge e filhos. Os participantes referiram significativa mudança e redução do repertório social e parte das fontes de lazer esteve relacionada ao próprio uso de substâncias ou atividades afins. 76,60% relataram possuir amigos que faziam uso de álcool e/ou outras drogas. Álcool (98%), nicotina (84%), derivados de coca (72%) e de canabinóides (72%), inalantes (48%), alucinógenos (22%), medicamentos psicotrópicos (12%) foram os tipos de drogas mais consumidas durante a vida. Maconha, cocaína e crack foram associadas estatisticamente à população mais jovem da pesquisa. 64% iniciaram o uso de substâncias na adolescência, sendo os principais motivos amizades, frequência em festas e curiosidade e 38% já faziam uso contínuo nessa mesma fase da vida. 66% relataram ‗turma, amigos, colegas como companheiros de uso, 72,92% uso ininterrupto de drogas por alguns dias e 86%, períodos sem o consumo. Principais fatores relacionados à recaída foram solidão, distância dos familiares, impressão de poder beber sem consequências negativas ou de estar bem, vontade e prazer no uso e características psicológicas próprias dos entrevistados. Tratamentos mais utilizados para problemas com álcool e/ou outras drogas foram CAPSad, Internação, Pronto Socorro, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Amor exigente e Religioso. 96% dos participantes relataram prejuízos psicológicos, 90% físicos, e 71,92% cognitivos, relacionados ao consumo de substâncias. Conclusões: Na vida adulta foram evidenciados, para quase a totalidade dos participantes do presente estudo, significativos prejuízos relacionados ao abuso/dependência de álcool e/ou outras drogas, em todas as áreas de funcionamento dos indivíduos. Embora os resultados não permitem evidenciar fatores considerados como preditores na infância para o início do uso de substâncias, uma vez que características da amostra foram variadas entre piores e melhores condições socioeconômicas e de vida, para a adolescência, houve predomínio de sujeitos com prejuízos relevantes, mudanças e sofrimentos, em contato com amigos usuários, demonstrando características comuns para a manutenção do abuso. Há a necessidade de programas eficazes de promoção e prevenção de saúde, tratamentos e reabilitações mais efetivos que levem em consideração a heterogeneidade da população usuária.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas} }