@MASTERSTHESIS{ 1998:1691682911, title = {Estudo clínico e genético em portadoras de tecido mamário supranumerário}, year = {1998}, url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/113", abstract = "O tecido mamário supranumerário (TMS) pode ser caracterizado como politelia ou polimastia. Tais anomalias são relativamente freqüentes na população em geral e têm despertado muito interesse devido a uma possível associação com alterações dos sistemas genitourinário e cardiovascular. No presente trabalho foram investigadas 53 mulheres portadoras de TMS. O mesmo foi estudado quanto ao tipo, número, localização e recorrência familial. Para a investigação de anomalias associadas, todas as pacientes foram submetidas a exames complementares, especialmente, eletrocardiograma (ECG) e ultra-sonografia (US) pélvica e de vias urinárias. Para comparação entre os resultados obtidos nos exames complementares foi estudado um grupo controle, composto por 53 mulheres sem TMS, que fizeram ECG e US por queixas diversas. Nas 53 pacientes, foram encontrados 74 TMS (s). A politelia foi o tipo mais freqüente (60,38%) seguida da polimastia (32,07%) e da presença concomitante de ambas na mesma paciente (7,55%). O TMS único foi muito mais freqüente (71,70%). Quanto à lateralidade, o TMS estava localizado à direita na maioria dos casos, mas sua freqüência não diferiu estatisticamente da do lado esquerdo. Na maioria das pacientes (94,59%) o TMS estava localizado ao longo das linhas do leite. Quanto às localizações atípicas (5,41%), duas apresentaram TMS na região escapular, uma na região dorsal e a outra na coxa. Tais dados foram compatíveis com os previamente descritos na literatura. Foi observada recorrência familial em 41,51% dos casos estudados e a maior freqüência já relatada foi 11,64%. Tal diferença foi estatisticamente significativa. Portanto, o número de casos familiais descritos deve estar subestimado em decorrência da dificuldade de identificação do TMS, do fato de ser facilmente encoberto pelas roupas e de ser confundido com outras alterações, entre as quais nevos, cicatrizes e neurofibromas. O padrão de herança para o TMS é reconhecido como autossômico dominante, com expressividade variável. Na amostra estudada, contudo, não pode ser descartada a herança dominante ligada ao X e a penetrância incompleta. Portanto, pode ser sugerido que a etiologia genética do TMS envolva diferentes mutações com diferentes padrões de herança. Os sintomas relativos ao TMS, referidos pelas pacientes, foram compatíveis com os previamente descritos e incluíram dor, aumento e secreção láctea. As freqüências de alterações observadas no ECG do grupo de pacientes com TMS e do grupo controle não diferiram estatisticamente. Contudo, os dados do US mostraram uma diferença significativa entre a freqüência de alterações nefrourinárias do grupo com TMS (32,08%) e do grupo controle (16,98%), porém tais alterações são de pequena importância, não sendo detectadas malformações como as relatadas em vários trabalhos. Portanto, de acordo com o que já foi proposto por uma série de autores, na presença de TMS, o médico deve estar atento para a ocorrência de anomalias nefrourinárias, fazer um exame clínico cuidadoso, colher a história familial detalhada e acompanhar aqueles com anomalias associadas, principalmente para diagnosticar ou prevenir complicações, inclusive neoplasias.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde}, note = {Medicina Interna; Medicina e Ciências Correlatas} }