@MASTERSTHESIS{ 2021:2066146092, title = {Caracterização do ciclo vital de famílias em situação de vulnerabilidade social}, year = {2021}, doi = "1575", url = "http://bdtd.famerp.br/handle/tede/718", abstract = "mudanças sociais e econômicas ocorridas nos últimos séculos provocaram transformações no modo de organização e estruturação dos grupos familiares. A teoria do ciclo vital familiar, inserida no campo de atuação da Terapia Familiar Sistêmica, busca compreender como estas interferem no desenvolvimento das relações familiares ao longo da vida. Pesquisas norte-americanas e brasileiras descreveram o ciclo vital familiar em fases, cada uma com suas peculiaridades e interdependência, principalmente, nas camadas médias da população. Sabese, portanto, que estes constructos teóricos são um instrumento importante para a compreensão do grupo populacional citado. Neste trabalho, as famílias socialmente vulneráveis são entendidas como aquelas que apresentam dificuldades no processo de desenvolvimento de seus membros, principalmente, pelas condições precárias a que estão submetidas. Objetivo: foi descrever o ciclo vital de um grupo de famílias socialmente vulneráveis de uma cidade de pequeno porte do interior do Estado de São Paulo. Método: pesquisa descritiva, qualitativa e transversal. Foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado e aplicação de Genogramas, com a participação de 14 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (PBF), sorteadas aleatoriamente. As entrevistas foram audiogravadas e transcritas, sendo que, os dados produzidos foram analisados qualitativamente por agrupamentos fenomenológicos de respostas com semânticas semelhantes e discutidos com a literatura pertinente. Resultados: os achados principais demonstraram que as famílias se encontravam, predominantemente, em fase de Aquisição e Adolescente (21,5%) cada. Na fase de Aquisição foi possível observar planejamento familiar deficitário, refletido no pouco tempo de preparo para a união conjugal (inferior a 1 ano para 35,8%) e gravidez não planejada (78,5%). Na fase da família adolescente foi observada centralização do cuidado dos filhos na figura materna (78,5%), período em que as principais dificuldades apontadas pelas famílias foi o relacionamento com os filhos (50%). Na fase da família Madura destacou-se o retorno à família de origem (43%), após separação conjugal, dos filhos que haviam constituído um novo núcleo familiar. Na fase Última observouse as dificuldades da geração mais velha das famílias se aposentar (79%) e a dependência de benefícios sociais para o sustento da família ampliada, em um período de desenvolvimento humano em que as condições de saúde podem não ser as ideais. Conclusão: houve correspondência com os achados dos estudos norte-americanos com famílias socialmente vulneráveis, no que se refere ao perfil demográfico e dinâmica das relações. No que tange à comparação com os estudos norte-americanos e brasileiros, com famílias de classe média, houve significativa diferença na caracterização do ciclo, o que corrobora hipótese que a desigualdade social interfere neste processo. Espera-se que o conhecimento atingido com a pesquisa possa contribuir para o aprimoramento de intervenções profissionais no âmbito de políticas públicas, principalmente, Saúde e Assistência Social, primordiais para este grupo populacional.", publisher = {Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Psicologia}, note = {Faculdade 2::Departamento 3} }